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R. Dezengrini Slhessarenko / Salud(i)Ciencia 22 (2016) 182-184
Circulação do vírus da (del virus de la) encefalite
de Saint Louis durante epidemia de dengue em Mato
Grosso, Brasil
Circulation of the Saint Louis encephalitis virus
during a dengue epidemic in Mato Grosso, Brazil
Renata Dezengrini Slhessarenko
José do Rio Preto, SP,5-7 e em um (y en un) paciente de
Ribeirão Preto, SP.8 A infecção com o SLEV provavelmente não é rara (no es rara) em humanos, sendo confundida
clinicamente com a dengue e pouco diagnosticada no
Brasil. Apesar destas dificuldades, técnicas moleculares
se constituem em ferramentas importantes para o monitoramento de flavivirus na população (constituyen herramientas importantes para el control del flavivirus en
la población).5Usualmente, espécies de mosquito vetores
do SLEV variam entre regiões (varían entre las regiones)
geográficas. O SLEV é frequentemente identificado em
mosquitos na Amazônia brasileira;9 já foi relatado em (ya
fue informado en) Anopheles triannulatus e espécies de
Culex no nordeste de SP.4 Contudo, Cx. pipiens, Cx. quinquefasciatus e Cx. negripalpus são os vetores mais (son
los vectores más) frequentes do SLEV nas Américas.10
Neste estudo, objetivou-se (En este estudio
el objetivo fue) investigar
molecularmente a presença de 11 flavivírus no
soro (la presencia de 11
flavivirus en el suero) de
604 pacientes durante
uma epidemia de dengue
no estado de Mato Grosso, centro-oeste do Brasil,
entre 2011-2012.
Concomitantemente,
3433 fêmeas de Culex
spp. capturadas em 2013
com aspirador de Nasci na capital do Estado,
Cuiabá, identificadas com
chave dicotômica (con la clave dicotômica) específica11,12
e nested-PCR13 e alocadas em 409 pools (y asignadas en
409 pools) (403 pools de Culex quinquefasciatus, cinco de
Culex bidens ou interfor e um de Culex spinosus) foram
testadas para os mesmos flavivírus (fueron probadas para
los mismos flavivirus). Para isso, o RNA viral (QIAamp Viral
RNA Mini Kit, Qiagen) extraído do soro dos pacientes e o
RNA total (Trizol, Invitrogen) obtido dos (obtenido de los)
pools de mosquitos foi submetido (se sometió) a multiplex
semi-nested RT-PCR espécie-específica para 11 flavivirus,
conforme descrito previamente.14 Posteriormente, uma
região do gene de envelope do SLEV (477 bp) foi amplificada em amostras (una región del gen de la envoltura
del SLEV (477 bp) se amplificó en muestras) positivas via
semi-nested RT-PCR15 e submetida a sequenciamento e
análise (y se sometió a secuenciamiento y análisis) filogenética e de variações aminoacídicas.10 O SLEV foi detectado em três pacientes co-infectados com o DENV-4 na
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Especialidades médicas relacionadas,
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autores, autoevaluación.
O vírus da (El virus del) dengue (DENV) é o flavivirus
mais (es el flavivirus más) frequente mundialmente, representando um importante problema de saúde pública.
Durante epidemias no Brasil, o diagnóstico laboratorial de
doença (el diagnóstico de laboratorio de la enfermedad)
febril aguda inespecífica é
direcionado ao DENV e ao
vírus da febre amarela (se
orienta al DENV y al virus
de la fiebre amarilla), responsável por surtos (brotes) silvestres esporádicos,
dificultando a detecção de
outros arbovírus possivelmente circulantes, incluindo o vírus da (incluyendo
el virus de la) encefalite de
Saint Louis (SLEV).*
O SLEV é um flavivirus
mantido em (que se mantiene en) ciclos zoonóticos
envolvendo espécies de
Culex (Cx.) spp. e outros
mosquitos como vetores, pássaros (y otros mosquitos comovectores, pájaros) como amplificadores e humanos e
outros animais como hospedeiros (y los humanos y otros
animales como huéspedes) acidentais finais.1 A maioria
das infecções humanas são (La mayoría de las infecciones humanas son) subclínicas ou acompanhadas de sinais
inespecíficos de doença (o están acompañadas de signos
inespecíficos de la enfermedad) febril aguda, raramente
acompanhada de meningoencefalite, apresentando gravidade e fatalidade maior em idosos (y presenta mayor
gravedad y letalidad entre los ancianos).2
No Brasil (En Brasil), o SLEV foi identificado em 1960
em um pool de Sabethes belisarioi no Estado do Pará,2,3
onde também ocorreu o primeiro (donde también tuvo
lugar el primer) relato de infecção humana em 1970.3 Na
década de 1990, soroconversão foi descrita em residentes do Vale do Ribeira, SP.4 Posteriormente, casos humanos foram relatados durante epidemia de dengue em São
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Departamento de Ciências Básicas em Saúde, Faculdade de Medicina, Universidade
Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Brasil
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común con) sequências do SLEV genótipo V isolados no
Pará e em Culex spp. na Argentina.
Variações nas sequências aminoacídicas da região do
envelope específicas das linhagens (en la región de la envoltura específicas de los linajes) II, V e VIII não foram encontradas nas sequências do SLEV obtidas neste estudo.10
A amostra humana (obtenidas en este estudio. La muestra humana) SLEV_BR/Mato Grosso-CbaH364/2012 apresentou um resíduo de leucina na posição 96, enquanto
todas as outras (presentó um residuo de leucina en la
posición 96, mientras que todas las otras) sequências
do SLEV incluídas no estudo apresentam uma prolina na
mesma posição. Essa substituição também foi descrita no
isolado obtido de (presentan una prolina en la misma posición. Esta sustitución también se obtuvo del aislamiento
obtenido en) humanos em São José do Rio Preto, SP.7
A amostra SLEV_BR/Mato Grosso-CbaAr499/2013 obtida
de Culex quinquefasciatus apresentou uma substituição
de lisina por aspargina na posição 45.
Este estudo foi o primeiro relato de identificação molecular do SLEV no Mato Grosso. Também, constitui-se
no primeiro relato de coinfecções pelo (constituye el primer informe de coinfecciones por) SLEV e DENV-4 em
pacientes brasileiros, incluindo uma tripla coinfecção pelo
DENV-1, DENV-4 e SLEV. Esses dados indicam que durante surtos de (Estos datos indican que durante los brotes
de) dengue no Brasil, outros arbovírus podem circular
silenciosamente. A ausência de diagnóstico diferencial
provavelmente contribui para a subnotificação (posiblemente contribuye para la subnotificación) de casos de infecção pelo SLEV, indicando a necessidade de monitoramento constante da circulação (monitoreo constante de
la circulación) de arbovírus no Brasil.
região metropolitana de Cuiabá, Mato Grosso. Um dos
pacientes apresentava uma tripla (Uno de los pacientes
presentaba una triple) coinfecção com DENV-1. Os pacientes apresentavam sintomas de doença febril aguda,
eram residentes de área urbana e nenhum referiu histórico recente de viagem ou acesso a áreas rurais/silvestres (y
ninguno informó historial reciente de viaje o acceso a las
zonas rurales). A maioria dos demais pacientes incluídos
no estudo foram (La mayoría de los otros pacientes en el
estudio eran) positivos para sorotipos do DENV (331/604;
54.8%), pois foram amostrados durante uma epidemia
que coincidiu com a introdução do (coincidió con la introducción del) DENV-4 no Mato Grosso. Um pool contendo
uma fêmea de Culex quinquefasciatus foi positivo para o
SLEV em Cuiabá, apresentando taxa de infecção (presentando una tasa de infección) mínima (MIR) de 0.4 por 1000
mosquitos Culex spp.
O SLEV é classificado em oito linhagens (se clasifica en
ocho linajes), 15 subtipos, correlacionadas à distribuição
geográfica do vírus. No Brasil, os genótipos II, III, V e VIII
(subtipos A e B) já foram descritos; sendo o (ya han sido
descritos; y el) V e o VIII os mais prevalentes na (son los
más prevalentes en la) região Amazônica.9 Na análise filogenética, as amostras humanas e de mosquito do SLEV
identificadas no Mato Grosso apresentaram 99% de homologia entre sí, indicando que o mesmo vírus circula entre humanos e vetores, e formam um cluster com isolados
do (y forman un cluster con aislamientos del) genótipo
V-A, obtidos de pássaros e animais na (obtenidos de los
pájaros y animales en la) região amazônica do estado
do Pará. Ainda, as amostras identificadas neste estudo
possuem um ancestral em comum com (Asimismo, las
muestras identificadas en este estudio tienen un ancestro
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La autora no manifiesta conflictos de interés.
* Nota de la redacción. La autora hace referencia al trabajo publicado en Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 57(3):215-220, May
2015. Los lectores que precisen el artículo completo pueden solicitarlo gratuitamente a la Biblioteca Biomédica (BB) SIIC de la Fundación SIIC para la promoción de la Ciencia y la Cultura.
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Información relevante
Circulação do vírus da (del virus de la) encefalite de Saint Louis
durante epidemia de dengue em Mato Grosso, Brasil
Respecto a la autora
Renata Dezengrini Slhessarenko. Graduada (2003), Maestría (2006) y Doctorado
(2010) en Medicina Veterinaria, Universidade Federal de Santa Maria, Santa María, Brasil.
Doctorado em Virología (2008), University of Illinois, Urbana-Champaign, EE.UU. Profesora
Adjunta, Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá,
Brasil. Orientadora de Maestría y Vicecoordinadora del Programa de Pós-Graduação em
Ciências da Saúde, en el área de enfermedades infecciosas y tropicales, en las líneas de
investigación que abarcan virología humana y animal, con énfasis en arbovírus. Miembro
de la Sociedade Brasileira de Virologia. Representante de la Faculdade de Medicina en
el Comité de Ética en Investigación Animal (UFMT) y en el Comité Interno del Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica de la Pró-Reitoria de Pesquisa (UFMT).
Respecto al artículo
O vírus da (El virus de la) encefalite de Saint Louis genótipo V-A foi identificado em três pacientes
coinfectados com o vírus da dengue 4, um deles também com o (uno de ellos también con el) vírus da
dengue 1, e em uma fêmea (y en una hembra) de Culex quinquefasciatus na cidade de Cuiabá, capital do
estado de Mato Grosso, Centro-Oeste do Brasil.
La autora pregunta
Existe una gran variedad de especies de Culex, principal vector para la trasmisión de la
infección por el virus de la encefalitis de Saint Louis.
¿A qué família viral pertenece el virus de la encefalitis de Saint Louis?
Alfavirus.
Flavivirus.
Herpesvirus.
Rabdovirus.
Reovirus.
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Palabras clave
virus del dengue, virus de la encefalitis de Saint Louis, diagnóstico de laboratorio, epidemia
Key words
dengue virus, Saint Louis encephalitis virus, laboratories prognosis, epidemic
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Cómo citar
Dezengrini Slhessarenko R. Circulação do vírus da (del virus de
la) encefalite de Saint Louis durante epidemia de dengue em
Mato Grosso, Brasil. Salud i Ciencia 22(2):182-184, Ago 2016.
Dezengrini Slhessarenko R. Circulation of the Saint Louis
encephalitis virus during a dengue epidemic in Mato Grosso,
Brazil. Salud i Ciencia 22(2):182-4, Ago 2016.
Epidemiología
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