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I Simpósio Lusófono
de Cuidados Farmacêuticos
I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Seguimento Farmacoterapêutico:
do Sonho à Realidade
0,8 CDP
27 de Maio 2006
Auditório Alexandre Pessoa Vaz
Universidade Lusófona - Campo Grande, 376
Livro do Simpósio
Indíce
Comissão de Honra e Científica _____________________________________________________ 2
Creditação ______________________________________________________________________ 4
Apresentação ____________________________________________________________________ 5
Programa _______________________________________________________________________ 6
Resumos das comunicações orais ___________________________________________________ 8
Comunicações em cartazes (posters) ________________________________________________ 48
Patrocinadores e outros apoios _____________________________________________________ 64
Conclusões do simpósio __________________________________________________________ 65
Lista de participantes _____________________________________________________________ 69
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Comissão de Honra e Científica
Comissão de honra:
Ministro da Saúde (António Correia de Campos)
Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos (José Aranda da Silva)
Presidente do Conselho de Administração do INFARMED (Vasco de Jesus Maria)
Vice-Presidente do Conselho de Administração do INFARMED (Hélder Mota Filipe)
Comissão científica:
Alina de las Mercedes (Universidad de Oriente, Santiago de Cuba, Cuba)
Amílcar Roberto (Universidade Lusófona-Portugal)
Ana Paula Martins (Universidade de Lisboa-Portugal)
Berta Lasheras (Universidad de Navarra)
Carlos Sinogas (Universidade de Évora-Portugal)
Cassyano J. Correr (Centro Universitário Positivo – UnicenP-Brasil)
Fernando Fernández-Martínez (Universidad de Granada-Espanha)
Francisco Martinez Romero (Espanha)
Isabel Vitória Neves de Figueiredo Santos Pereira (Universidade de Coimbra-Portugal)
Jorge Gonçalves (Universidade do Porto-Portugal)
José Cabrita (Universidade de Lisboa-Portugal)
Manuel Machuca (Universidade de Sevilha-Espanha)
Margarida Caramona (Universidade de Coimbra-Portugal)
Maria Antonia Mangues (Serviços Farmacêuticos do Hospital San Pau-Espanha)
Maria José Faús (Universidade de Granada-Espanha)
Mauro Castro (Universidade Federal do Rio Grande do Sul-Brasil)
Miguel Ángel Gastelurrutia Garalda (GIAF-UGR - Universidade de Granada-Espanha)
Nancy Solá Uthurry (Espanha)
Noémia Liege Maria Bernardo Bueno (Universidade do Vale do Itajaí-Brasil)
Pedro Amores da Silva (Universidade Lusófona-Portugal)
Comissão Organizadora:
Paula Iglésias (GICUF-ULHT)
Henrique J. Santos (GICUF-ULHT)
Departamento das Ciências da Saúde da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
(DCS-ULHT)
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Secretariado e Informações
Os pedidos de informação devem ser dirigidos a ALIES – GICUF Secretariado
A/c de Dra. Paula Almeida
Departamento de Ciências da Saúde, ULHT Campo Grande 376,
1749-024 Lisboa
℡: (+351) 21 7515550
(+351) 21 7515598 e-mail: [email protected]
www.dcs.ulusofona.pt
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Creditação
Creditado pela Ordem dos Farmacêuticos com 0.8 CDP.
0.8 CDP
Os alunos integrados no Programa de Actualização em Cuidados Farmacêuticos podem requerer
ECTS pela participação no simpósio à Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Apresentação
Caros colegas,
Desde a conceptualização do termo “Cuidados Farmacêuticos” muitas estratégias, muitas
oportunidades e muitas responsabilidades foram assumidas para investigar, desenvolver e
implementar esta nova prática farmacêutica na Península Ibérica.
Actualmente sabe-se que os Cuidados Farmacêuticos são úteis e benéficos para os doentes, os
farmacêuticos e todos os profissionais de saúde, uma vez que demonstraram contribuir para o
aumento de ganhos em saúde e para a diminuição da morbi-mortalidade relacionada com os
medicamentos.
O contexto ibérico contribuiu decisivamente para o clima de entendimento e de colaboração estreita
estabelecido entre diversos profissionais e instituições, publicas e privadas, de ambos os países,
movidos pelo objectivo primordial de adaptar a prática farmacêutica aos novos desafios colocados
pela crescente focagem no doente, na sua saúde, segurança e bem-estar.
Este I Simpósio pretende constituir um fórum de reflexão e de avaliação das iniciativas de âmbito
nacional e ibérico, entretanto estabelecidas e, apontar em conjunto, as linhas de desenvolvimento
esperadas para os próximos anos, não apenas no contexto ibérico mas também no mais amplo
espaço europeu e lusófono, para a consolidação efectiva desta prática profissional.
A Universidade Lusófona através do Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da
Universidade Lusófona, felicita todos os farmacêuticos, alunos, professores e investigadores
presentes interessados em cuidados farmacêuticos pela participação no I Simpósio Lusófono/I
Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos que vai decorrer no dia 27 de Maio de 2006 em
Lisboa.
A Comissão Organizadora.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Programa
08h30m – Entrega da documentação.
09h00 – 09h30 - Sessão de Abertura
•
Ministro da Saúde
•
Reitor da Universidade Lusófona e Administrador da Universidade Lusófona
•
Administração da COFAC
•
Direcção da ALIES/Dep.Ciências da Saúde
•
Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos
•
GICUF-ULHT
•
GIAF-UGR
09h30 – 11h00 - Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação.
Mesa 1
Moderador: Henrique J. Santos
Facilitador: Amílcar Roberto
•
Cuidados Farmacêuticos em Espanha (Maria José Faús, Universidade de Granada, Espanha)
•
Cuidados Farmacêuticos em Portugal (Helena Martinho, Ordem dos Farmacêuticos, Portugal)
•
Cuidados Farmacêuticos no espaço lusófono (João Silveira, Associação dos Farmacêuticos
dos Países de Língua Portuguesa)
11h00 – 11h30 - Pausa para café com visita aos posters.
11h30 – 13h00 – Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários
Mesa 2
Moderador: Paula Iglésias
Facilitador: Inês Brito
6
•
Barreiras e facilitadores na implementação dos Programas de Cuidados Farmacêuticos (PCF)
(Suzete Costa, Associação Nacional das Farmácias, Portugal)
•
Experiência de uma farmacêutica comunitária em Portugal (Marina Pinto Leal, Farmácia
Serrano, Portugal)
•
Implementação de um programa de seguimento farmacoterapêutico a doentes diabéticos
(Diogo Pilger, Universidade de Granada, Espanha)
•
Experiência de um centro de informação de medicamentos no apoio à prática do seguimento
farmacoterapêutico (Ana Cristina Rama, SIMED – Hospitais da Universidade de Coimbra,
Portugal)
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
13h00 – 14h30 – Almoço de trabalho
14h30 – 16h00 - Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares
Mesa 3
Moderador: Fátima Falcão
Facilitador: Teresa Aires Pereira
•
Problemas relacionados com medicamentos na urgência hospitalar (Maria Isabel Baena
Parejo, Delegada Provincial de Saúde de Córdova)
•
Viragem para os resultados clínicos na prática hospitalar (Laura Tuneu, Hospital Sant Pau,
Espanha)
•
Experiência clínica nos serviços farmacêuticos (Nadine Ribeiro, Hospital S. Francisco Xavier,
Portugal)
•
Resultados do seguimento farmacoterapêutico no âmbito hospitalar com o método Dáder
adaptado ao doente internado (Martha Milena Silva Castro, GIAF- Universidade de Granada,
Espanha)
16h00 – 16h30 – Pausa para café
16h30 – 17h45 – Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade.
Mesa 4
Moderador: Margarida Caramona
Facilitador: Carlos Sinogas
•
A responsabilidade de uma organização farmacêutica supranacional para implementar
Cuidados Farmacêuticos (Ema Paulino, Federação Internacional de Farmácia, Secção de
Farmácia Comunitária).
•
O apoio dos Colégios Oficiais de Farmacêuticos em Espanha para implementar Cuidados
Farmacêuticos (Cecílio Venegas, Colégio Oficial de Farmacéuticos de Badajoz, Espanha)
•
A investigação e o ensino em Cuidados Farmacêuticos em Portugal (Paula Iglésias, GICUFUniversidade Lusófona, Portugal)
17h45 – 18h00 – Entrega de prémios
•
Entrega do prémio melhor poster
•
Entrega do prémio de investigação “GICUF” 2005.
18h00 – 18h30 – Sessão de encerramento
18h30 – Fim dos trabalhos
20h30m – Jantar de encerramento
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Resumos das comunicações orais
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação
Moderador: Henrique J. Santos
Facilitador: Amílcar Roberto
•
Cuidados Farmacêuticos em Espanha (Maria José Faús, Universidade de Granada, Espanha)
•
Cuidados Farmacêuticos em Portugal (Helena Martinho, Ordem dos Farmacêuticos, Portugal)
•
Cuidados Farmacêuticos no espaço lusófono (João Silveira, Associação dos Farmacêuticos
dos Países de Língua Portuguesa)
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação
Amilcar E. R. Roberto
Curriculum resumido
Doutorado em Toxicologia pela Universidade de Uppsala
2001
Professor Associado na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia
1995-1996
Consultor do Programa dos Medicamentos Essenciais da OMS junto do Ministério da
Saúde de Angola
1982
Suécia
Investigador Convidado da Divisão de Toxicologia da Universidade de Uppsala,
1978-1981
Consultor do Ministério da Saúde de Moçambique ao abrigo dos Acordos Bilaterais de
Cooperação
1975-1978
Assistente da Faculdade de Farmácia de Lisboa
1972-1974
Bolseiro do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
Coordenador das disciplinas de Farmacognosia, Toxicologia e Farmacotoxicologia da Licenciatura em
Ciências Farmacêuticas da ULHT.
Vice-presidente da Comissão de Ética do Departamento de Ciências da Saúde da ULHT
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação
Cuidados Farmacêuticos em Espanha
Maria José Faus Dader
Curriculum resumido
TÍTULOS ACADÉMICOS
Doctora en Farmacia. Universidad de Granada. 1976
Diplomada en Análisis Clínicos. Universidad de Granada. 1977
Farmacéutica Especialista en Bioquímica Clínica. 1987
Académica Numeraria de la Academia Iberoamericana de Farmacia. 1990
Máster en Administración y Dirección de Empresas ESNA-CDD.1991
Diplomada en Pharmaceutical Care. University of Minnesota. 1999
ACTIVIDAD PROFESIONAL
Profesora Titular de Bioquímica y Biología Molecular. Universidad de Granada
Profesora de Bioquímica Clínica de la Escuela de Análisis Clínicos. Universidad de Granada
Profesora de Bioquímica de la Nutrición del Instituto de Nutrición y Tecnología de Alimentos.
Universidad de Granada
Directora del Máster en Atención Farmacéutica. Universidad de Granada
Coordinadora Científica del Máster en Atención Farmacéutica Comunitaria. Universidad de Valencia
Coordinadora Científica del Máster en Farmacia Asistencial. Universidad de Valencia
CARGOS ACADÉMICOS
Vicedecana de Ordenación Académica. Facultad de Farmacia. Universidad de Granada. 1985 - 1988
Directora del Secretariado de Centros y Departamentos. Universidad de Granada. 1988-1989
Decana de la Facultad de Farmacia. Universidad de Granada. 1989-1997
Presidenta de la Academia Iberoamericana de Farmacia. 1992
Directora de la Fundación Empresa-Universidad de Granada. 2000
ACTIVIDAD DOCENTE
Profesora de Bioquímica y Biología Molecular de la Licenciatura de Farmacia. Universidad de
Granada
Profesora en diversos cursos de Doctorado en Bioquímica y Bioquímica Molecular y Farmacia
Asistencial
Directora de diversos cursos de Postgrado en Atención Farmacéutica
Profesora en diversos Máster (Nutrición y Bromatología, Medio Ambiente y Atención Farmacéutica y
Farmacia Asistencial)
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação
Cuidados Farmacêuticos em Espanha
Maria José Faus Dader
Resumo da comunicação
Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica. Universidad de Granada
La Atención Farmacéutica (Cuidados Farmacêuticos) está definida en España desde el año 2001,
como el conjunto de servicios farmacéuticos centrados en el paciente, con el objetivo de conseguir a
que sus medicamentos sean efectivos y seguros. De todos estos servicios, el realmente innovador es
el de Seguimiento Farmacoterapéutico, el cual ha sido desarrollado por el Grupo de Investigación en
Atención Farmacéutica de la Universidad de Granada, en 1.999 a través del Método Dáder, el cual se
ha adaptado a los diferentes tipos de pacientes y a los diferentes niveles asistenciales. En base a él
se ha creado el Programa Dáder de Seguimiento Farmacoterapéutico, cuyos objetivos son
formativos, investigadores y asistenciales. Este Programa está implantado en España, Portugal y toda
una serie de países iberoamericanos.
Actualmente en España se está trabajando en un Foro de Atención Farmacéutica, convocado por el
Consejo General de Colegios Oficiales de Farmacéuticos, donde participan la Administración sanitaria
y diversos grupos científicos y profesionales especializados en Atención Farmacéutica. El Método
Dáder será evaluado en este Foro y esperamos que sea incorporado al documento final que se va a
elaborar, como recomendación metodológica para realizar Seguimiento Farmacotarapéutico en
nuestro país. Este hecho, y los propios datos que el Programa Dáder ha ido proporcionando en sus 6
años de funcionamiento, van a permitir diseñar una segunda etapa del mismo, para conseguir una
universalización del servicio de Seguimiento Farmacoterapéutico.
En esta segunda etapa, se va a potenciar el carácter formativo del programa Dáder, y se van a
facilitar procedimientos para el registro de los resultados con fines de estudios epidemiológicos.
Finalmente el Método Dáder se está utilizando en diversos proyectos de investigación, entre los que
destaca un estudio en fase de realización, sobre el Efecto del Método Dáder de Seguimiento
Farmacoterapéutico en el riesgo cardiovascular (RCV) de pacientes ambulatorios (EMDADER-CV).
Se trata de un estudio clínico aleatorio, en 50 farmacias comunitarias españolas, sobre un total de
1.000 pacientes (500 grupo control y 500 grupo intervención), que tengan un RCV alto o moderado, a
lo largo de 8 meses de Seguimiento Farmacoterapéutico.
El objeto de todas estas acciones realizadas desde la Universidad de Granada, es contribuir a que el
Seguimiento Farmacoterapéutico sea una tecnología sanitaria accesible a todos los pacientes que
necesiten ayuda para conseguir el máximo beneficio de los medicamentos que utilizan.
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação
Cuidados Farmacêuticos em Portugal
Helena Martinho
Curriculum resumido
Licenciada em Farmácia pela Faculdade da Universidade de Lisboa
Assistente em Química Orgânica – Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (1974-1977).
Farmacêutica Hospitalar - Hospital Distrital de Santarém (1977-1991)
Título de Especialista em Farmácia Hospitalar pela Ordem dos Farmacêuticos
Exercício profissional em Farmácia de Oficina – Proprietária e Directora Técnica da Farmácia Central
de Almeirim desde 1991
Membro e monitor do grupo das Boas Práticas de Farmácia
Membro da Direcção da Secção Regional de Lisboa no triénio 2001-2004
Membro da Direcção da Secção Regional de Lisboa para o triénio 2004-2007
Presidente do Grupo Profissional de Farmácia de Oficina desde final de 2004
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação
Cuidados Farmacêuticos em Portugal
Helena Martinho
Resumo da Comunicação
A implementação de Sistemas de Gestão de Qualidade baseados nos normativos de Qualidade
Internacional reconhecidos, como são os de âmbito geral (Norma ISO 9001:2000) e os específicos da
profissão Farmacêutica (Boas Práticas de Farmácia), conduziram em 2001 ao desenvolvimento e
expansão da filosofia dos Cuidados Farmacêuticos e Seguimento Farmacoterapêutico.
Estes programas foram desenvolvidos centrando-se no doente, tendo como pilar o Acto Farmacêutico
e correspondendo a elevados padrões de qualidade nos serviços prestados.
Até ao final de 2005 as Farmácias aderentes e em processo de Certificação, correspondiam a 184 e
encontravam-se já 35 Farmácias duplamente Certificadas.
Os Farmacêuticos, no Espaço de Saúde Farmácia, colocaram deste modo a sua formação prégraduado, com forte peso na área do medicamento, e a sua formação estruturada e contínua ao
longo da vida, ao serviço do doente e da sociedade.
O valor da Intervenção Farmacêutica, que se traduz em ganhos em saúde para o doente, constituiu
recentemente referência no relatório do Protocolo da Diabetes elaborado pela Direcção Geral de
Saúde, constituindo-se como uma realidade reconhecida.
A qualidade dos Serviços, diferenciados, prestados no âmbito dos Cuidados Farmacêuticos constitui
uma prioridade para os Farmacêuticos Comunitários Portugueses que, com todo o rigor, seguem a
terapêutica farmacológica na prevenção, detecção e resolução de Problemas Relacionados com
Medicamentos, em colaboração com os diversos profissionais de saúde envolvidos, contribuindo,
desta forma, para a melhoria da qualidade de vida e ganhos em saúde dos doentes.
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 1: Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação
Cuidados Farmacêuticos no espaço lusófono
João Gonçalves da Silveira
Curriculum resumido
TÍTULOS ACADÉMICOS
Licenciado em Farmácia pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
ACTIVIDADE PROFESIONAL
Presidente do Conselho para a Cooperação Farmacêutica da Ordem dos Farmacêuticos.
Presidente da Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP).
Membro do Conselho Consultivo da Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA.
Vice – Presidente da ANF (Associação Nacional das Farmácias).
Vice – Presidente da Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP).
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários
Moderador: Paula Iglésias
Facilitador: Inês Brito
16
•
Barreiras e facilitadores na implementação dos Programas de Cuidados Farmacêuticos (PCF)
(Suzete Costa, Associação Nacional das Farmácias, Portugal)
•
Experiência de uma farmacêutica comunitária em Portugal (Marina Pinto Leal, Farmácia
Serrano, Portugal)
•
Implementação de um programa de seguimento farmacoterapêutico a doentes diabéticos
(Diogo Pilger, Universidade de Granada, Espanha)
•
Experiência de um centro de informação de medicamentos no apoio à prática do seguimento
farmacoterapêutico (Ana Cristina Rama, SIMED – Hospitais da Universidade de Coimbra,
Portugal)
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários
Maria Inês dos Santos Brito
Curriculum resumido
Data de Nascimento: 04 de Fevereiro de 1977
Nacionalidade: Portuguesa
Morada: R. Dos Correeiros, n.º 123 3.º dto, 1100-163 Lisboa
Telefone: 96 5186490
E-mail: [email protected]
Local de trabalho: Farmácia Internacional, Lda
Rua do Ouro, n.º 228-230, 1100-065 Lisboa
Tel: 213241360
E-mail: [email protected]
Formação Académica
10/2005 a 11/2005
Universidade Lusófona- Departamento de Ciências da Saúde
Formação
Pós-Graduada
em
Seguimento
Farmacoterapêutico
(Cuidados Farmacêuticos)
03/2004 a 12/2004
Universidade Católica Portuguesa- Faculdade de Ciências
Económicas e Empresariais
Formação Pós-Graduada em Gestão Avançada para Farmacêuticos
(PAGEF)
10/1995 a 01/2001
Universidade Clássica de Lisboa- Faculdade de Farmácia
Licenciatura em Ciências Farmacêuticas
Experiência Profissional
Desde 02/2006
Implementação de um programa de Seguimento Farmacoterapêutico
a doentes diabéticos na farmácia, coordenado pelo Dr. Diogo Pilger.
Desde 04/2001
Directora-Técnica da Farmácia Internacional em Lisboa.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários
Experiência de uma farmacêutica comunitária em Portugal
Marina dos Santos Pinto Leal
Curriculum resumido
IDENTIFICAÇÃO
Morada: Rua Miguel Leitão Andrada, lote 5-3200-227 Lousã
Contacto: Telef: 239993792/ Telemóvel: 917818841/Fax:239995390/email:[email protected]
Data de Nascimento: 7 de Março de 1967
Nacionalidade: Portuguesa
Bilhete de Identidade: Nº7744000 do Arq. de Coimbra
Cartão de Contribuinte: Nº191038563 da Rep. de Finanças da Lousã.
Carteira Profissional nº9158- Sócia da Ordem dos Farmacêuticos Nº C-1466.
FORMAÇÃO ACADÉMICA: Licenciatura em Ciências Farmacêuticas Ramo A-Farmácia de Oficina,
1986/1992 pela Universidade de Lisboa -Faculdade de Farmácia, com informação final de Bom
(Dezasseis valores).
LINGUAS: Inglês e Francês
FORMAÇÃO COMPLEMANTAR (principais acções): Curso de Auditoria da Qualidade, Cequal em
2002; Pós-Graduação em Cuidados Farmacêuticos-Seguimento Farmacoterapêutico, pela
Universidade Lusófona de Lisboa em 2003.
QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS: Directora Técnica da Farmácia Serrano na Lousã desde 1992,
responsável pela implementação do Sistema de Gestão da Qualidade nesta farmácia no ano de
2002. Membro da Comissão de Gestão da Qualidade da Farmácia Serrano.
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários
Experiência de uma farmacêutica comunitária em Portugal
Marina Pinto Leal
Resumo da Comunicação
Introdução: Entende-se por Cuidados Farmacêuticos a participação activa do farmacêutico na
dispensa dos medicamentos e no acompanhamento do efeito farmacológico dos mesmos.
Actualmente os Cuidados Farmacêuticos já deixaram de ser um conceito teórico para passar a fazer
parte dos serviços funcionais de muitas farmácias de oficina. No entanto, a pratica generalizada deste
serviço é um objectivo ambicioso e a longo prazo, onde a velocidade, tanto de implementação como
de desenvolvimento é muito lenta.
Objectivo: Esta exposição pretende dar a conhecer as diversas técnicas que compõem a estratégia
de implementação de um serviço de Cuidados Farmacêuticos numa farmácia de oficina do ponto de
vista prático. Para isso foram classificados os recursos necessários que permitem incorporar
eficazmente este serviço, na estrutura da farmácia de oficina.
Requisitos: Os requisitos necessários para implementar um serviço se qualidade são classificados
como requisitos técnicos, ambientais, pessoais e organizativos.
Os requisitos técnicos abarcam aquelas adaptações quem se devem realizar no local da farmácia
para desenvolver esta actividade; os ambientais aludem ao clima mais favorável para realizar o
contacto com o doente, os pessoais afectam a dimensão humana, recursos e comportamento que
supõem a pratica dos Cuidados Farmacêuticos; os requisitos organizativos incluem uma série de
técnicas que são importantes para por em marcha este serviço sanitário.
Conclusão: Os Cuidados Farmacêuticos como actividade da farmácia devem estar englobados num
processo de melhoria contínua, o que significa que como qualquer processo se deve consolidar com
o tempo.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários
Implementação de um programa de seguimento farmacoterapêutico a doentes
diabéticos
Diogo Pilger
Curriculum resumido
Data de Nascimento: 16 de Setembro de 1976
Contatos:
Morada: Azinhaga dos Besouros Lote R8 1675-101 – Pontinha
Telefones: 913 650 047 / 214 782 370
E-mail: [email protected]
N.º Passaporte: CP 962075
Nacionalidade: Brasileira
Formação Profissional
Licenciatura
Curso: Farmácia
Instituição: Faculdade de Farmácia – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Local: Porto Alegre – Brasil
Período: 1997 - 2002
Mestrado
Curso: Epidemiologia
Instituição: Faculdade de Medicina – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Local: Porto Alegre – Brasil
Período: 2003 – 2004
Doutorado – em curso
Curso: Farmácia Asistencial
Instituição: Facultad de Farmacia - Universidad de Granada
Local: Granada – Espanha
Início: 2004
Bolsa de auxílio: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários
Implementação de um programa de seguimento farmacoterapêutico a doentes
diabéticos
Diogo Pilger
Resumo da Comunicação
As doenças crónicas têm adquirido uma importância maior a cada dia na rotina dos profissionais da
saúde. Os cuidados farmacêuticos, empregando o seguimento farmacoterapêutico, vão de encontro
com as necessidades relacionadas com os medicamentos que o doente tem, tentando obter o
máximo de benefícios destes no manejo da doença.
As evidências científicas dos resultados que avaliam os benefícios dos cuidados farmacêuticos no
controlo de diversas doenças não são unânimes. Isto justificou a necessidade de se elaborar um
ensaio clínico randomizado avaliando o seguimento farmacoterapêutico em doentes diabéticos.
Tradicionalmente, as actividades das farmácias podem se dividir em três tipos de actividades:
específicas, de projecto e de rotina. A grande maioria da investigação sobre esta prática clínica
diferenciada, que é o seguimento farmacoterapêutico, aborda este serviço como uma actividade de
projecto e não como uma actividade de rotina. Entre outras razões isto explica-se porque é um
serviço novo e relativamente recente e por este serviço não ser uma actividade generalizada mas sim
pontual no contexto actual da prática farmacêutica.
Foram seleccionadas 10 farmácias em Portugal para realizar este estudo. O estudo está a decorrer
neste momento e cada doente será avaliado durante um ano. Todos os farmacêuticos envolvidos no
projecto já possuem o curso de pós-graduação em seguimento farmacoterapêutico. Entre outros
objectivos deste projecto destaca-se, nesta apresentação, o processo de implementação e os apoios
necessários para a manutenção do seguimento farmacoterapêutico, tornando-o numa actividade de
rotina prestada nas farmácias aos seus doentes e não sendo apenas uma actividade de projecto.
Para implementar o projecto realizou-se a formação das equipes nas farmácias. Esta formação foi
sobre aspectos relacionados com a doença, tratamento farmacológico e não farmacológico, medição
de parâmetros clínicos e utilização correcta dos aparelhos, educação para a saúde na diabetes e o
papel do farmacêutico na intervenção de diferentes aspectos da doença. O detalhamento de estudo e
simulações no uso dos instrumentos de colecta de dados e aparelhos também foram abordados.
Numa etapa seguinte de formação sessões clínicas para discussão de casos e educação para a
saúde foram realizadas em encontros com todos os farmacêuticos participantes do projecto. A etapa
de implementação promoveu ainda mudanças em relação a estrutura e o processo de atendimento
dos utentes nas farmácias.
A manutenção do seguimento farmacoterapêutico, neste projecto, conta com a participação da equipe
coordenadora para identificar e solucionar as dificuldades e barreiras num prazo curto. A estratégia
empregada para isto são os contactos constantes por meio de telefonemas, visitas regulares nas
farmácias e sessões clínicas para discussão de casos. Esta nova abordagem juntamente com as
sessões clínicas periódicas com todos os farmacêuticos são ferramenta fundamental tanto para a
formação, motivação e intercâmbio de experiências entre os farmacêuticos além de permitir a
padronização de procedimentos clínicos e planos de actuação nos doentes.
A participação das farmácias e dos farmacêuticos em projectos de investigação, apoiados e
acompanhados por uma equipe coordenadora, pode contribuir de um modo mais efectivo para a
implementação sustentada e a manutenção numa perspectiva de melhoria contínua desta nova
prática clínica diferenciada do farmacêutico, que é o seguimento farmacoterapêutico.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
21
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários
Experiência de um centro de informação de medicamentos no apoio à prática
do seguimento farmacoterapêutico
Ana Cristina da Costa Ribeiro Rama
Curriculum resumido
[email protected]. SIMed. Serv. Farmac. H.U.C. Apartado 9044. 3001-301 Coimbra.
Habilitações Académicas/Actividade Docente
Licenciada em Ciências Farmacêuticas, Universidade Coimbra.
Mestre em Tecnologias do Medicamento. Faculdade Farmácia Universidade Coimbra.
Doutoranda de Farmacologia na área da Informação de Medicamentos. Faculdades Farmácias das
Universidades de Coimbra e de Granada.
Lecciona a disciplina de Farmácia Hospitalar na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra
desde 1990, sendo Assistente Convidada além do quadro desde 1992.
Lecciona as disciplinas de Informação de Medicamentos I e II na Faculdade de Farmácia da
Universidade do Porto desde 2005, sendo Assistente Convidada.
Responsável pela criação e desenvolvimento do Serviço de Informação de Medicamentos e Gravidez
- SIMeG, viabilizado pela Direcção Geral de Saúde (PIDDAC/98) até 2001.
Responsável pela área do medicamento no Projecto de Cooperação entre Portugal e S. Tomé e
Príncipe, desde Outubro de 1996 a Dezembro de 1999, para organização e gestão dos Serviços
Farmacêuticos do Centro Hospitalar de S. Tomé e para formação de profissionais.
Responsável pela criação e desenvolvimento do Serviço de Informação de Medicamentos - SIMed,
viabilizado no Âmbito do Projecto Fazer Melhor em Saúde (PIDDAC/99).
Lecciona a disciplina de Farmácia Hospitalar na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra desde
1990, sendo Assistente Convidada além do quadro desde 1992.
Lecciona as disciplinas de Informação de Medicamentos I e II na Faculdade de Farmácia da Universidade
do Porto desde 2005, sendo Assistente Convidada.
Responsável pela criação e desenvolvimento do Serviço de Informação de Medicamentos e Gravidez SIMeG, viabilizado pela Direcção Geral de Saúde (PIDDAC/98) até 2001.
Responsável pela área do medicamento no Projecto de Cooperação entre Portugal e S. Tomé e Príncipe,
desde Outubro de 1996 a Dezembro de 1999, para organização e gestão dos Serviços Farmacêuticos do
Centro Hospitalar de S. Tomé e para formação de profissionais.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Responsável pela criação e desenvolvimento do Serviço de Informação de Medicamentos - SIMed,
viabilizado no Âmbito do Projecto
Membro Conselho Consultivo Comité Científico Associação Europeia Farmacêuticos Hospitalares
desde 1999.
22
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 2: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Primários
Experiência de um centro de informação de medicamentos no apoio à prática
do seguimento farmacoterapêutico
Ana Cristina da Costa Ribeiro Rama
Resumo da Comunicação
No actual contexto de uma “cultura de segurança”, o farmacêutico tem um papel importante junto dos
profissionais de saúde e dos doentes.
A evolução do conceito de “clinical pharmacy” e “pharmaceutical care” desde os anos 60, acompanha
a necessidade, cada vez mais premente, de intervir de uma forma sustentada e metodologicamente
válida, nos problemas de saúde causados por falta de segurança e efectividade dos medicamentos,
os quais aumentam os riscos de morbilidade e mortalidade.
O farmacêutico deverá ter competências que lhe permitam aplicar conhecimentos teóricos e métodos
de pesquisa, na resolução de casos orientados para problemas concretos de situações clínicas da
vida real. Permitindo, deste modo, a avaliação da efectividade orientada para o doente ou para a
doença no seguimento farmacoterapêutico, através de uma apreciação crítica da literatura científica e
da comunicação efectiva da informação de medicamentos aos profissionais de saúde, ao doente e ao
consumidor em geral.
O “Ciclo da Informação Baseada na Evidência” envolve: Avaliar, os problemas clínicos ou de politica
de medicamentos e identificar os pontos-chave; Perguntar, questões bem construídas que possam
ser respondidas usando recursos baseados na evidência; Obter, evidência usando recursos
seleccionados, previamente analisados; Analisar, a validade, importância e aplicabilidade da
evidência que foi obtida; Aplicar, a evidência aos problemas de política ou de situação clínica.
A estratégia geral da abordagem da resposta a pedidos de informação clínica com metodologia
baseada na evidência abrange os seguintes passos: Identificar o problema; definir e focalizar a
questão (situação, intervenção, possíveis comparadores e resultados esperados); seleccionar o
recurso bibliográfico mais provável; desenhar a estratégia de pesquisa e utilizar filtros qualitativos;
avaliar, analisar e sintetizar a evidência; aplicar a evidência à situação clínica em estudo; elaborar
uma resposta.
O processo de avaliação da qualidade da literatura seleccionada compreende os seguintes passos:
1.º Identificação da categoria clínica da questão do artigo em análise: diagnóstico, prognóstico,
terapêutica, prevenção, etiologia, …; 2.º Saber de que tipo de estudo se trata: investigação primária
(estudo experimental, ensaio clínico aleatorizado, outros ensaios clínicos controlados, estudos de
coorte, estudo de caso-controlo, …) ou secundária (revisão sistemática, meta-análise, …). 3.º
Analisar os resultados do estudo nas seguintes dimensões de qualidade: Os resultados do estudo
são válidos? (Validade); Quais são os resultados? (Importância); Os resultados poderão ser úteis nos
cuidados ao doente em causa? (Aplicabilidade).
Como parte da experiência do SIMed, analisa-se a intervenção em 15 casos clínicos de seguimento
farmacoterapêutico aleatóriamente seleccionados. Caracterizam-se os pedidos nos seguintes
parâmetros: classificação do assunto; identificação do(s) medicamento(s) suspeitos e do(s)
problema(s) de saúde; tipo de PRM; possível associação Medicamento – Problema de saúde. Avaliase a percentagem de utilização das fontes de informação consultadas para os 15 casos.
Nesta problemática da Informação sobre Medicamentos, não nos podemos alhear do facto do doente
constituir a nossa referência central.
Desta forma, todos temos o dever de intervir no “Fluxo de Informação”, para a “Maximização da
Efectividade e Segurança” desta ferramenta terapêutica que é o medicamento!
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares
Moderador: Fátima Falcão
Facilitador: Teresa Aires Pereira
24
•
Problemas relacionados com medicamentos na urgência hospitalar (Maria Isabel Baena
Parejo, Delegada Provincial de Saúde de Córdova)
•
Viragem para os resultados clínicos na prática hospitalar (Laura Tuneu, Hospital Sant Pau,
Espanha)
•
Experiência clínica nos serviços farmacêuticos (Nadine Ribeiro, Hospital S. Francisco Xavier,
Portugal)
•
Resultados do seguimento farmacoterapêutico no âmbito hospitalar com o método Dáder
adaptado ao doente internado (Martha Milena Silva Castro, GIAF- Universidade de Granada,
Espanha)
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares
Maria Teresa de Sampaio Antas Botelho Aires Pereira
Curriculum resumido
Licenciada em Farmácia pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto em 1982.
Inscrita na Ordem com o número: 7805
Especialista em Farmácia Hospitalar, título atribuído do pela Ordem dos Farmacêuticos a 9 de
Fevereiro de 1995.
Experiência profissional em Farmácia Hospitalar de 23 anos, nomeadamente no Hospital de S. João
do Porto (dois anos), S. Francisco Xavier em Lisboa (dezassete anos) e Hospital Cuf Descobertas
(quatro anos).
Integrou o Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar durante os triénios 1997/99 e 1999/2001.
Colabora com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, como docente convidada, nos
mestrados de Farmácia Hospitalar, na cadeira de Gestão de Serviços Farmacêuticos.
Colabora com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, na organização disciplina de
Oncologia do mestrado de Farmácia Hospitalar.
Pertence à Comissão Consultiva dos Estágios de Pré-Licenciatura em Ciências Farmacêuticas, da
Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, como representante dos orientadores da
Farmácia Hospitalar.
Tem mais de 10 trabalhos publicados e mais de 20 comunicações orais e posters. Participou como
formadora em mais de 10 cursos, integrou a Comissão Organizadora de três eventos um dos quais
de âmbito europeu.
Desde Setembro de 2003, assume a Direcção dos Serviços Farmacêuticos do Hospital Cuf
Descobertas, serviço certificado pela Norma ISSO 9001, 2000, pela empresa certificadora, BSI
(British Standart Institute).
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares
Problemas relacionados com medicamentos na urgência hospitalar
Maria Isabel Baena Parejo
Curriculum resumido
Doctora por la Universidad de Granada. 2003
Licenciada en Farmacia por la Universidad de Sevilla. 1985
Máster en Salud Pública y Gestión Sanitaria por la Universidad de Granada. Escuela Andaluza de
Salud Pública 1992
Experto Universitario en Estadística y Epidemiología. por la Universidad de Granada. Escuela
Andaluza de Salud Pública. En curso 2003-2004
Experto Universitario en Seguimiento farmacoterapéutico por la Universidad de Granada. En curso
2003-2004
Historial laboral
Actualmente Delegada Provincial de la Consejería de Salud de la Junta de Andalucía en Córdoba.
Coordinadora y Profesora del Master de Atención farmacéutica de la Universidad de Granada desde
2000. Responsable de Investigación
Profesora colaboradora de la Escuela Andaluza de Salud Pública desde 1998
Otros méritos
Miembro del Grupo de Investigación CTS131 de Atención Farmacéutica de la Universidad de
Granada.
Miembro del Comité Editorial de la revista cientifica "Seguimiento Farmacoterapéutico"
Revisora de la Revista Farmacia Hospitalaria desde año 2005
Revisora convocatoria proyectos de investigación 2005. Fundación Progreso y Salud. Consejería de
Salud de la Junta de Andalucía
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
-
Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares
Problemas relacionados com medicamentos na urgência hospitalar
(PROBLEMAS DE SALUD RELACIONADOS CON LOS MEDICAMENTOS
DETECTADOS EN UN SERVICIO DE URGENCIAS HOSPITALARIO.
CARACTERÍSTICAS Y FACTORES ASOCIADOS)
Mª Isabel Baena
Resumo da Comunicação
Los medicamentos son una de las herramientas más útiles en la lucha contra la enfermedad; de
hecho, la evolución de la medicina en la prevención, el diagnóstico y el tratamiento de las mismas, va
inevitablemente unida al desarrollo del medicamento.
El interés por mejorar la calidad de la farmacoterapia en los sistemas sanitarios, ha propiciado el
desarrollo creciente de políticas de uso racional de medicamentos, las cuales deben ser reforzadas
con estudios que ofrezcan información sobre la efectividad y la seguridad de los tratamientos
farmacológicos.
Cuando se produce un fallo en la seguridad del medicamento que utiliza el paciente, aparece en éste
un nuevo problema de salud consecuencia de una reacción adversa1. Cuando se produce un fallo en
la efectividad de un tratamiento farmacológico, el problema de salud que sufre el paciente,
sencillamente no se resuelve.
En ambos casos se afecta negativamente la calidad de la práctica clínica. El conjunto de estos
problemas de salud, cuyo origen es un fallo de la farmacoterapia, sea por inseguridad, sea por
inefectividad, se conocen como problemas relacionados con los medicamentos (PRM).
Un PRM es un problema de salud, entendido como resultado clínico negativo derivado de la
farmacoterapia que, producidos por diversas causas, conducen a la no consecución del objetivo
terapéutico, o a la aparición de efectos no deseados.
Los resultados en salud son cambios en el estado de salud del paciente que pueden ser atribuidos al
proceso de la atención sanitaria, sin embargo no siempre la relación es directa, un proceso
correctamente aplicado con una estructura adecuada no tienen que derivar en un resultado positivo.
La prescripción de medicamentos es un buen paradigma de esta falta de relación directa,
posiblemente falte completar el análisis con el uso que de los medicamentos hace el paciente.
En los últimos años el estudio de los PRM ha sido creciente y son numerosos los estudios que
reportan la existencia de problemas de salud cuyo origen está relacionado con los medicamentos
ofreciendo prevalencias que llegan en algunos casos hasta el 30%.
Además de una alta prevalencia, la mayoría de los PRM identificados podrían haberse evitado,
presentando proporciones de evitabilidad de hasta el 70%.
Este estudio pretendió conocer la prevalencia de PRM en los usuarios del servicio de urgencias del
Hospital Universitario Virgen de las Nieves de Granada que fueron causa de la consulta, describirlos
según el tipo de PRM, su gravedad y su evitabilidad, así como conocer qué tipos de problemas de
salud eran estos PRM. Se describió igualmente los grupos terapéuticos asociados a los PRM
detectados, los factores asociados a su aparición así como el coste de los PRM evitables.
METODOLOGÍA
El estudio fue realizado en el servicio de cuidados críticos y urgencias del Hospital Universitario
Virgen de las Nieves de Granada.La población de estudio
Fueron entrevistados 2556 pacientes entre el 1 de noviembre de 2000 y el 30 de octubre de 2001. Se
usaron como criterios de exclusión, las intoxicaciones medicamentosas agudas voluntarias, pacientes
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
27
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
que no esperaron la consulta médica y los que acudieron dos o más veces al servicio de urgencias;
éstos solo se incluyeron una vez.
Se realizó un muestreo probabilístico bietápico estratificado, siendo las unidades primarias los días
del año y las unidades secundarias los pacientes. La variable de estratificación fue la estación del año
con afijación constante. La selección de la muestra se realizó, para los días, por muestreo aleatorio
simple y para los individuos, por muestreo sistemático. Para una proporción P=0,3302 de una
población de tamaño N=179.965, un nivel de confianza del 95%, una muestra n=2304 urgencias y un
efecto de diseño de 1,22; el error máximo admisible fue de E=0,0211.
Fuentes de información
Como fuentes de información se usaron un cuestionario validado para la información de
medicamentos y las historias clínicas de los pacientes, para los datos de problemas de salud.
Variables de estudio
La variable de estudio fue el problema de salud, que se relacionó con un fallo en la farmacoterapia, el
cual se obtuvo del diagnóstico que motivó la asistencia al servicio de urgencias, recogido por el
médico en la historia clínica del paciente. Se utilizó la clasificación CIE-918 para su caracterización.
La información sobre la farmacoterapia del paciente obtenida del cuestionario se refería a las alergias
medicamentosas conocidas, los medicamentos que tomaba previamente a la visita y sus dosis,
cuándo y cómo los tomaba, desde cuándo los tomaba y hasta cuándo y si conocía para qué.
También, quién fue el prescriptor o en su caso, si era automedicación; cómo le iba con el
medicamento, la existencia de medicamentos con estrecho margen terapéutico, así como el
cumplimiento del tratamiento y el conocimiento que el paciente tenía sobre el mismo. Además, se
tomaron en cuenta variables como el género, la edad y hábitos tales como fumar, beber o tomar
plantas medicinales.
Farmacoterapia responsable:
Para el análisis de los grupos terapéuticos relacionados con la aparición de PRM se utilizó la
clasificación anatómica de medicamentos
La evaluación de PRM
Se realizó en dos etapas: primero, el equipo investigador se dividió en 4 grupos de dos farmacéuticos,
que analizaron las historias y los cuestionarios proponiendo las sospechas de PRM; posteriormente,
los casos fueron reevaluados por cada grupo junto a un grupo de referencia formado por otro
farmacéutico y un médico, común para los cuatro grupos evaluadores.
Para el determinar la existencia de un PRM se siguió el procedimiento Dader así como la sistemática
de clasificación para el Segundo Consenso de Granada. Cuando existió discrepancia prevaleció el
criterio médico.
Para el establecimiento de la existencia de PRM tipo 1 cuando el paciente no tomaba medicación, se
consideró el hecho de que el problema de salud causa de consulta a urgencias tuviese una evolución
igual o mayor a 1 semana.
Para conocer la evitabilidad se utilizaron los criterios de Baena y col
Análisis estadístico
Una vez identificados los PRM se procedió a calcular las proporciones de prevalencia de PRM de
punto y su intervalo de confianza al 95%. Igualmente se calculó para cada tipo de PRM. Para la
comparación entre variables se utilizó como contraste el proporcionado por el estadístico χ2 de
Pearson y F de Snedecor.
Para procesar las codificaciones de las variables del estudio, se diseñó una base de datos mediante
el gestor de datos ACCESS 2000. Para el análisis estadístico se utilizó el paquete estadístico
SUDAAN 7.5.2.
RESULTADOS
La prevalencia de PRM resultó ser del 33,17% con un I.C. al 95% de (31,09 – 35,25). Los PRM más
frecuentes fueron de efectividad.
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
De todos los PRM detectados, el 73,13% resultaron ser evitables: un 99,18% de necesidad y un
66,57% de efectividad.
Los PRM más frecuentes fueron los leves 78,62%. I.C. al 95% (75,29 – 81,95).
Las diferencias encontradas en las diferentes dimensiones según gravedad son estadísticamente
significativas siendo más graves las de seguridad y las más leves los PRM de necesidad (χ2= 26,41;
gl=6; p=0,014)
Los PRM fueron con mayor frecuencia diagnósticos osteoarticulares (28,39%), lesiones y
envenenamientos (12,68%) y síntomas y signos mal definidos (12,44%).
Los grupos terapéuticos que más frecuentemente han estado relacionados con la aparición de PRM
han sido: el grupo N de medicamentos del sistema nervioso (28,92%) y el M del aparato locomotor
(28,76%), seguido del grupo A, del aparato digestivo y metabolismo (10,46%) y el C, aparato
cardiovascular (9,09%).
Estos resultados analizados respecto del total de los medicamentos que los pacientes venían
utilizando presentan diferencias, en este caso puede observarse que la mayor frecuencia de PRM se
asocia a los grupos terapéuticos M: aparato locomotor (36,2%), en segundo lugar el D: terapia
dermatológica (25%), S: órganos de los sentidos (23,4%) y J: terapia antiinfecciosa vía sistémica
(23,1%).
El coste total, de los PRM evitables atendidos en el servicio de urgencias del Hospital Universitario
Virgen de las Nieves de Granada en el año 2001 ascendió a 11.869.344,59 €, con un I.C. al 95%
(8.270.934,79 € – 15.467.753,39 €).
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares
Viragem para os resultados clínicos na prática hospitalar
Laura Tuneu Valls
Curriculum resumido
Correo electrónico:[email protected]
HISTORIAL ACADÉMICO:
Doctora en Farmacia. Universidad de Granada. 2004
Experto en Seguimiento Farmacoterapéutico. Universidad de Granada 2004
Pharmaceutical Care Certificate. St Peters Institute. University of Minnesota. 2003
Graduado Farmacia. Universidad Autónoma de Barcelona (1999).
Master en Nutrición y Ciencias de los Alimentos. Universidad Central de Barcelona (1994).
Especialista en Farmacia Hospitalaria. (1992).
Diplomado en óptica oftálmica y acústica audiométrica (1988).
Licenciada en Farmacia. Universidad Central de Barcelona (1987).
HISTORIAL LABORAL:
Farmacéutica responsable de la sección de atención farmacèutica ambulatoria en el Hospital de la
Santa Creu i Sant Pau ( agosto2005- actualidad)
Farmacéutica comunitaria en Manresa – Barcelona (2000-julio2005).
Responsable del Centro de Información sobre Medicamentos del Hospital Sant Pau y Santa Creu –
Barcelona (1997-1999).
Adjunto Servicio de Farmacia. Hospital Mutua de Terrasa. (BCN).-1994
Becaria del Servicio de Farmacia. Hospital de la Santa Creu i Sant Pau (1992-1994)
Estancia en el St Jude Childrens Research. University of Tennessee (1991).
Residente Farmacia del Hospital de la Santa Creu i Sant Pau. Barcelona (1989-1992)
Colaboradora del Departamento de Bioquímica y Biología Molecular. Universidad Autónoma de
Barcelona (1987-1988).
HISTORIAL INVESTIGADOR:
Octubre 2005: Investigadora del Proyecto PAFI. “ Proyecto de Atención Farmacéutica Integral en
pacientes pluripatológicos” Acadèmia de Ciències Mèdiques de Catalunya i Balears
Enero 2005: Investigadora del Proyecto e-INFOMED. “Identificación y evaluación de la calidad de
laspáginas web con información sobre medicamentos”. Escuela Andaluza de Salud Pública
Abril 2005: “ Evaluación económica de la atención farmacéutica en el ámbito hospitalario: una revisión
sistemática de la literatura” Beca de la Escuela Andaluza de Salud Pública
Investigador de la Beca FIS 2003: Detección de problemas relacionados con los medicamentos en un
servicio de urgencias.
30
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares
Viragem para os resultados clínicos na prática hospitalar
(ATENCION FARMACEUTICA EN EL PACIENTE HOSPITALIZADO. ¿Cuál es
nuestra pirámide?)
Laura Tuneu Valls
Resumo da Comunicação
Servicio de Farmacia, Hospital de Sant Pau, Barcelona ( Spain)
Una pirámide es una figura geométrica cuyo nombre se aplica metafóricamente a múltiples conceptos
que engloban escalones y proporciones, de manera que en los escalones inferiores se sitúan las
acciones o necesidades más mayoritarias y en los escalones superiores, las más minoritarias.
Tenemos como ejemplo la pirámide alimentaria, que nos sugiere de manera muy visual la proporción
de los componentes alimentarios en los que debemos basar nuestra alimentación para que ésta sea
equilibrada y variada. Así en eslabones inferiores tenemos a los hidratos de carbono complejos que
como fuente de energía mayoritaria debe proporcionarnos el 60% de las calorías totales, mientras
que en el escalón superior tenemos los azúcares refinados que debemos utilizar anecdóticamente.
¿ Dónde estamos en la farmacia hospitalaria? ¿ Qué tipo de pirámide tenemos? ¿ Es equilibrada? ¿
Responde a nuestras motivaciones y necesidades? ¿Responde a las necesidades y motivaciones de
nuestro hospital o a la de los pacientes? ¿ En qué nivel de la pirámide están las actividades que
realizamos diariamente? ¿ Es el nivel que les corresponde?
En nuestro hospital, que es un hospital universitario, de nivel tres, con 643 camas (520 en unidosis),
en las que durante el año 2005 han ingresado 35.151 pacientes, se han realizado 388.881 visitas
ambulatorias y dónde han acudido a urgencias 155.501 pacientes, dispone de una comunidad de
2.773 profesionales, entre los que están 7 farmacéuticos adjuntos, 1 jefe de servicio, 9 residentes y 3
becarios y 16 técnicos en farmacia. La actividad de farmacia durante dicho año ha sido la siguiente;
se han validado 871.521 pautas de tratamiento (un promedio de 24 pautas por paciente), las cuales
han generado 99.948 revisiones de perfiles terapéuticos (2,8 perfiles revisados por paciente en una
estancia media de 6 días , rango 1-22), que ha generado un total de 4.397 intervenciones
farmacéuticas (Cada 8 pacientes se ha documentado una intervencion ó cada 22 perfiles revisados
ha dado lugar a una intervención farmacéutica).
Se han resuelto en el CIM unas 1.090 preguntas ( 4 preguntas por día) y se han generado unos 19
informes para la Comisión de Farmacia y Terapéutica que se reunido bimensulamente. Se han
controlado farmacocinéticamente a 2.585 pacientes (un 7.3 % de los pacientes) que han llevado
alguno de los 16 de los fármacos que se monitorizan habitualmente (citostáticos, antibióticos, e
inmmunosupresores, principalmente) y que han generado un total de 4.198 informes farmacocinéticos
individualizados (1,5 informe por paciente monitorizado). Se han preparado unas 6.386 bolsas de
nutrición parenteral, tras la valoración y seguimiento nutricional de 4.147 pacientes ingresados
(11,79% de los pacientes). Se han pautado 255 nutriciones enterales domiciliarias tras la realización
de 796 visitas para su valoración. Se han preparado 29.519 citostáticos, 185 sueros de hidratación,
8.986 fórmulas magistrales estériles, 3.900 formulas magistrales y 812.00 cápsulas, y se han
reenvasado 605 medicamentos (aproximadamente nuestra guía contiene unos 650 especialidades
farmacéuticas distintas). Se han distribuido en dosis unitarias unos 2.919 medicamentos en los
pacientes hospitalizados y se han dispensado a pacientes externos unas 15.843 medicamentos
distintos (4.07% de los pacientes con visita ambulatoria llevan un medicamento hospitalario). Se ha
custodiado y monitorizado 171 ensayos clínicos y se han tramitado 325 medicamentos estranjeros y
usos compasivos.
El análisis de la actividad nos sugiere que nuestra pirámide tendría el siguiente perfíl:
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
31
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
El 70% de las actividades del servicio de farmacia van dirigidas a la adquisición, preparación y
distribución de los medicamentos a los pacientes hospitalizados y ambulatorios. Estas actividades las
realizan, principalmente, los técnicos en farmacia (16), los becarios(3) y los residentes a tiempo
parcial (9.-1/2), y están gestionadas y supervisadas por farmacéuticos adjuntos. Por el contrario, el
30% de las actividades restantes son propias de la farmacia clínica ya que persiguen un uso eficaz,
seguro y eficiente de la medicación. Estas actividades realizadas por farmacéuticos adjuntos (8) y
farmacéuticos residentes, a tiempo parcial (9-1/2), comprenden tanto las actividades dirigidas
directamente al paciente, como la revisión de perfiles terapéuticos, la farmacocinética, la nutrición
artificial y la educación sanitaria, como las dirigidas a la selección, utilización, gestión, e información
de medicamentos, como son la realización de guías clínicas, informes para la comisión de farmacia y
resolución de preguntas en el CIM. También, comprenden actividades de docencia a estudiantes de
farmacia, enfermería, y farmacéuticos residentes. En una proporción más pequeña, los farmacéuticos
adjuntos y los residentes llevan a cabo seguimiento farmacoterapéutico a pacientes hospitalizados o
ambulatorios según criterios de selección por riesgo como son la edad, polimedicación, y el uso de
medicamentos de margen terapéutico reducido.
Sin embargo, se siguen documentando que los medicamentos como estrategia terapéutica fallan,
ocasionando problemas de inseguridad y de inefectividad i y que las consecuencias de éstos los
problemas relacionados con los medicamentos contribuyen al aumento de las tasas de mortalidad y
morbilidad.ii,iii. En el año 2000, la morbimortalidad relacionada con medicamentos tuvo un coste
hospitalario estimado de más de $177.4 billones y los PRM causaron 24.576.000 ingresos
hospitalarios en Estados Unidos.iv,v Cuatro de cada 1000 ingresos hospitalarios prevenibles son
causados por los problemas relacionados con la medicación, lo cual sitúa a los PRM como la
segunda causa de ingresos prevenibles.vi En España, se atribuyeron 2.300 estancias a PRM, con un
coste estimado de 360.620 euros año en un hospital universitario durante el año 2000.vii En un
estudio reciente, demuestra que en España un 32% de los problemas de salud son producidos por
errores de medicación (una parte pequeña de los PRMs), en Estados Unidos el estudio To Err is
Human del Instituto de Medicina de Estados Unidos, ha mostrado que entre 44.000 y 88.000 de las
muertes anuales atribuibles a los errores médicos, entre 4.000 y 7.000, la causa es por un error de
medicación.
De modo que según estos estudios, probablemente la pirámide de actividades que debería tener el
servicio de farmacia podría estimarse como la siguiente:
Se trataría de establecer una pirámide en que se mantuviesen las actividades básicas y destinadas al
ejercicio de la farmacia clínica, aumentando las actividades de la farmacia clínica y de la atención
farmacéutica, mediante el desarrollo de programas sistemáticos y sostenibles de atención
farmacéutica personalizada en los pacientes hospitalizados y ambulatorios.
¿ Pero cómo es posible gestionar este cambio en un sistema sanitario complejo y con pocos recursos
humanos? ¿ Cómo es posible gestionar más actividades clínicas, sin detrimento de las actividades
básicas-técnicas, cuando la presión asistencial y la burocracia ha aumentado exponencialmente?
Probablemente, debiendo cambiar el concepto de farmacia, y en consecuencia modificando y
priorizando unas actividades sobre otras, y promoviendo y fomentando las automatizaciones de todas
las actividades básicas y burocráticas. En nuestro hospital, desde hace algunos años, los
farmacéuticos adjuntos son responsables de diferentes unidades de hospitalización, denominadas
áreas de atención farmacéutica, en las que desarrollan todas las habilidades de la farmacia clínica
para conseguir medicamentos más óptimos y su utilización en mejores condiciones de seguridad y
calidad. Sin embargo, hacen falta más horas de farmacéuticos en las salas para que su aportación
clínica sea una realidad cotidiana. En este sentido, los cambios pasan inevitablemente por
automatizar las actividades básicas mediante la implantación de “pixies” (sistemas automatizados de
dispensación de fármacos) tal y como estamos haciendo.
En la farmacia ambulatoria, donde anualmente se realizan unas 15.000 dispensaciones, se ha
protocolizado el proceso de dispensación para conseguir dispensaciones más eficientes y con menos
errores. Para la prevención de errores, el protocolo exige el “ doble check” de citostáticos y el repaso
diario de la concordancia entre la receta médica y el medicamento dispensado. Además, el técnico en
farmacia responsable de cada dispensación se asegura del conocimiento del proceso de uso de cada
uno de los fármacos que se dispensan. En caso que el paciente no muestre un adecuado
conocimiento, este paciente es derivado al farmacéutico. El farmacéutico atiende a los pacientes que
no comprenden el proceso de uso, a aquellos pacientes que soliciten alguna consulta y por supuesto
todos los nuevos tratamientos y cambios en los mismos. De modo que la dispensación sólo la
realizan los técnicos en farmacia y el farmacéutico interviene en los pacientes que necesitan un
32
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
proceso de educación sanitaria y en los pacientes que están en seguimiento farmacoterapéutico
como son los pacientes adultos con hormona de crecimiento, los pacientes en tratamiento para la
hepatitis C y los pacientes “naive” diagnosticados de HIV.
Nuestro objetivo, es pues, evolucionar al escalón de máxima motivación profesional que es conseguir
tratamientos necesarios, efectivos, seguros y comprensibles para la mayoría de nuestros paciente.
Para ello, es obvio que la proporción de actividades clínicas directamente relacionadas para y con el
paciente, debe ser la base de nuestro trabajo diario como lo son los glúcidos complejos en una dieta
equilibrada.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
33
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares
Experiência clínica nos serviços farmacêuticos
Nadine de Jesus Pinto Ribeiro Ferrão Gonçalves
Curriculum resumido
34
•
Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade
Clássica de Lisboa.
•
Especialista em Farmácia Hospitalar
•
Farmacêutica hospitalar nos Serviços Farmacêuticos do Hospital S. Francisco Xavier desde
1996.
•
Membro da Comissão de Farmácia e Terapêutica do Hospital de São Francisco Xavier de
2002 a 2005.
•
Pós-graduada em Seguimento Farmacoterapêutico (III Curso de especialização pósgraduada em cuidados farmacêuticos-seguimento farmacoterapêutico, organizado pelo
Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Lusófona de Humanidades e
Tecnologias, com o apoio do “Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica” da
Universidade de Granada) e Assuntos Regulamentares do Medicamento (cpgarm- ii curso
pós-graduado em assuntos regulamentares do medicamento, organizado por Laboratório de
Farmacologia da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e patrocinado pelo
INFARMED – Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento).
•
Professora Convidada, da cadeira de Farmácia Clínica da Licenciatura em Ciências
Farmacêuticas da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, sendo responsável
pela Unidade III “ Citotóxicos” e VI “Distribuição Individual Diária em Dose Unitária “, do
programa teórico-prático desta cadeira.
•
Lecciona a aula de Psicoses e fármacos antipsicóticos/ neurolépticos na cadeira de
Farmacoterapia, a aula de Cuidados Farmacêuticos em Oncologia na cadeira de Princípios
da Terapêutica Oncológica e é tutora na cadeira de PBL (Problem Based Learning) do
Mestrado de Farmácia Comunitária e Hospitalar da Faculdade de Farmácia da Universidade
de Lisboa.
•
Orientadora de Estágio pré-Licenciatura em Farmácia Hospitalar no Hospital de S. Francisco
Xavier para os alunos da FFUL, do Instituto Superior de Ciências da Saúde – Sul e da
Universidade Lusófona.
•
Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares no triénio 20022005.
•
Apresentou cerca de 30 trabalhos originais em congressos nacionais e internacionais e
sessões clínicas, tendo publicado cerca de 8 destes trabalhos.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares
Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares: Experiência Clínica nos
Serviços Farmacêuticos do Hospital de S. Franscisco Xavier
Nadine de Jesus Pinto Ribeiro Ferrão Gonçalves
Resumo da Comunicação
As mudanças sociais e económicas verificadas em todo o mundo, especialmente nas últimas duas
décadas afectaram de forma particular os cuidados de saúde. O envelhecimento gradual da
população mundial com o consequente aumento da prevalência das doenças crónico-degenerativas,
sem que se assistisse a uma redução na incidência das doenças agudas e dos acidentes ocasionais,
implicou o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes, mas também com maiores
riscos para o doente e, certamente, bem mais dispendiosos. Esta conjectura culminou no incremento
exponencial dos recursos económicos despendidos com a saúde que actualmente presenciamos. Há,
pois, a preocupação de todos os governantes em fazer baixar estes custos com a despesa dos
medicamentos, não só por contenção das despesas directas, como também reduzindo gastos
resultantes da não-efectividade, maximizando a qualidade da sua utilização.
Estas alterações nos cuidados de saúde implicaram uma mudança urgente na prática farmacêutica e
no papel do farmacêutico e em 1990 Charles Hepler e Linda Strand, propõem um novo exercício
profissional ao farmacêutico, com o objectivo de minimizar a morbilidade e mortalidade associada aos
medicamentos. Este novo exercício profissional, publicado na American Journal Hospital Pharmacy e
intitulado de “Oportunities and responsabilities in the Pharmaceutical Care”, foi denominado de
Pharmaceutical Care, traduzido para Cuidados Farmacêuticos, em português. Trata-se de uma
nova prática profissional orientada para o doente, em que o farmacêutico tem como missão
proporcionar directa e responsavelmente cuidados relacionados com o medicamento aos doentes,
com o objectivo de conseguir resultados que melhorem a sua qualidade de vida.
A Implementação da filosofia de Cuidados Farmacêuticos implicam necessariamente o seguimento
farmacoterapêutico do doente, que pode ser definido como prática ou metodologia que permite
procurar, identificar e resolver e prevenir, de modo sistemático e documentado, todos os problemas
de saúde relacionados com os medicamentos (PRMs) desse doente, realizando uma avaliação
periódica de todo o processoPara ser realizado com a máxima eficiência, o SFT requer um método de
trabalho rigoroso, com procedimentos de trabalho protocolados e validados. Neste sentido, foram
desenvolvidas várias metodologias de trabalho, designadamente o “Método Dadér”, desenhado pelo
“Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica de la Universidad de Granada”, em 1999,
actualmente em utilização em diversos países.
O “Método Dadér” baseia-se na obtenção da História Farmacoterapêutica do doente, isto é, nos
problemas de saúde que este apresenta, nos medicamentos que utiliza e na avaliação do seu Estado
de Situação numa determinada data, de forma a identificar e resolver os possíveis problemas
relacionados com medicamentos (PRM) que o doente apresenta. Após esta identificação realizam-se
as intervenções farmacêuticas necessárias para resolver os PRM e posteriormente avaliam-se os
resultados obtidos (Método Dáder. Manual de Seguimento Farmacoterapêutico (versão em português
euopeu); 2004).
É uma metodologia rigorosa mais exequível de aplicar na prática clinica diária do Farmacêutico
Hospitalar, indo em conta com o que se pretende e espera hoje do farmacêutico: que promova
terapêuticas eficazes e seguras, com resultados concretos ao menor custo para o sistema de saúde.
Com o objectivo de implementar a filosofia de Cuidados Farmacêuticos aos doentes internados em
ambiente hospitalar, os Serviços Farmacêuticos do Hospital de S. Francisco Xavier iniciaram a
aplicação do Metodo de Dáder nos Serviços de internamento. Por forma a facilitar a sua aplicação
neste tipo de doentes, foram realizadas pequenas adaptações a esta metodologia.
Como resultado da aplicação desta metodologia no Serviço de Medicina Interna, de Janeiro a
Outubro de 2005, foram analisados 698 doentes, dos quais 128 foram alvo de intervenção
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
35
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
farmacêutica (18,3%), com uma média de 1,15 intervenções por doente. A maioria dos PRMs
detectados no estudo são respeitantes a “Insegurança Quantitativa” (52%), seguindo-se os PRMs de
“Não Necessidade” (38%), de “Inefectividade Quantitativa” (6%), de “Necessidade” (3%) e de
“Inefectividade Não Quantitativa” (1%). Não se detectaram PRMs de “Insegurança não Quantitativa”.
Relativamente ao resultado das intervenções farmacêuticas, os PRMs de Insegurança Quantitativa,
Inefectividade Quantitativa, Inefectividade Não Quantitativa e de Necessidade foram os que tiveram
maior aceitação, ao contrário dos PRMS de Não Necessidade. A aceitação das intervenções sobre os
PRMs de “Necessidade” e de “Inefectividade Quantitativa” foram as que tiveram maior impacto na
resolução dos respectivos problemas de saúde, enquanto que a não aceitação das intervenções
sobre os PRMs de “Não Necessidade” e de “Insegurança Quantitativa” apresentaram menor impacto,
uma vez que na sua maioria se destinavam a prevenir riscos.
O método Dáder de seguimento farmacoterapêutico permitiu-nos sistematizar uma prática que,
embora já existente, carecia de normalização e registo para melhor se auto-regular, permitindo a
efectiva documentação de uma das áreas mais nobres da nossa actividade.:
- Garantir a obtenção da máxima efectividade da terapêutica farmacológica, quer tenha sido prescrita
pelo médico, ou aconselhada pelo farmacêutico;
- Contribuir para o uso racional dos medicamentos;
- Minimizar os riscos associados ao uso dos medicamentos, minimizando o aparecimento de PRMs;
-Melhorar a qualidade de vida dos doentes.
Sendo uma metodologia desenvolvida para o ambiente comunitário, serão necessárias adaptações,
preferencialmente concensuais, para a optimização da sua aplicabilidade no meio hospitalar, sendo
importante o alargamento da sua implementação a outros SF hospitalares.
Toda esta movimentação da área farmacêutica académica e profissional demonstra o empenhamento
da classe Farmacêutica Hospitalar em criar uma nova filosofia que sustente a sua prática profissional,
por forma a adaptar e moldar o seu futuro, indo ao encontro dos novos objectivos estabelecidos para
os cuidados de saúde e procurando identificar e servir as necessidades reais do cidadão.
36
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares
Resultados do seguimento farmacoterapêutico no âmbito hospitalar com o
método Dáder adaptado ao doente internado
Martha Milena Silva Castro
Curriculum resumido
HISTORIAL LABORAL E INVESTIGADOR:
Doctorando en Farmacia. Programa de Farmacia Asistencial. Universidad de Granada.
Experto en Seguimiento Farmacoterapéutico. Universidad de Granada. (2004)
Diploma de Estudio Avanzados. Universidad de Granada. (2003)
Master en Atención Farmacéutica. Universidad de Granada (2002).
Química Farmacéutica. Universidad Nacional de Colombia (1999).
HISTORIAL LABORAL E INVESTIGADOR:
Investigador Colaborador. Fundación Empresa Universidad de Granada. Miembro del Grupo de
Investigación en Atención Farmacéutica (CTS-131) Universidad de Granada. (Desde 2001)
Profesora Colaboradora. Master Atención Farmacéutica. Universidad de Granada. (Desde 2002)
Profesora Colaboradora. Master Atención Farmacéutica. Universidad de Valencia. (Desde 2003)
Profesora Invitada. Experto en Atención Farmacéutica. Universidad de Sevilla (Desde 2003)
Profesora Colaboradora. Master Atención Farmacéutica. Universidad de San Francisco Javier de
Chuquisaca. Bolivia. (Desde 2002)
Profesora Invitada. Master en Atención Farmacéutica. Universidad de Sevilla (Desde 2004)
Profesora Invitada. Dirección Regional de Salud, Arequipa (Perú), Universidad Católica Santa Maria
de Arequipa, Colegio Químico Farmacéutico de Arequipa, Región Militar del Sur de Arequipa. (Desde
2005).
Asesora técnica. Proyecto de Implantación de Seguimiento Farmacoterapéutico en pacientes
hospitalizados. Clínica de las Américas. Medellín - Colombia. (Desde 2005)
Coordinadora del Taller de Casos Prácticos en Seguimiento Farmacoterapéutico. Periódico Correo
Farmacéutico. (2003-2004)
Coordinadora Curso de Experto en Seguimiento Farmacoterapéutico. Universidad de Granada.
Tercera y Cuarta Edición. (2003-2004)
Asesora del Hospital del Rosario de Campoalegre, Empresa Social del Estado. Departamento del
Huila - Colombia (2001).
Coordinadora del Programa de Mejoramiento de los Servicios Farmacéuticos del Departamento del
Huila – Colombia (2000).
Jefe del Servicio de Farmacia de la Clínica del Occidente - Bogotá (1999).
Farmacéutico Adjunto. Hospital Santa Clara Empresa Social del Estado. Bogotá – Colombia (1999).
Farmacéutico en Prácticas. Fundación Clínica Shaio. Bogotá – Colombia (1998).
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 3: Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados Hospitalares.
Resultados do seguimento farmacoterapêutico no âmbito hospitalar com o
método Dáder adaptado ao doente internado.
(Análisis de la aplicación del método Dáder para el
seguimiento farmacoterapéutico a pacientes hospitalizados)
Martha Milena Silva Castro
Resumo da Comunicação
La contribución de los farmacéuticos en el cuidado de la salud de los pacientes ingresados, ha
demostrado una contención de costos asistenciales y la mejora de la calidad de la farmacoterapia en
unidades de hospitalización. Específicamente, programas de Atención Farmacéutica han demostrado
reducir costes durante la hospitalización y resolver problemas relacionados con los medicamentos,
que estaban disminuyendo la calidad de vida de pacientes ingresados. WEIDLE Y COL, documentaron
68000 intervenciones realizadas por 45 farmacéuticos, de las cuales el 90% estaba afectando la
calidad del proceso terapéutico y los costes durante el estudio se redujeron entre US$374.000 a
US$783.000 dólares. SMYTHE Y COL, implantaron y evaluaron un programa de Atención Farmacéutica
en una unidad de cuidados intensivos durante 8 semanas, disminuyendo la aparición de reacciones
adversas a medicamentos (RAM) y disminuyendo la estancia hospitalaria promedio en 1.2 días. La
reducción del coste total de la farmacoterapia fue de US$6534.53 y el ahorro anual proyectado se
estimó en US$42474.45 dólares.
En España se ha desarrollado el Método Dáder de Seguimiento Farmacoterapéutico (Pharmaceutical
Care). Para aplicar el Método Dáder a pacientes hospitalizados hay que establecer una serie de
adaptaciones en función de las características del paciente y del entorno hospitlario. El Método
Dáder, diseñado inicialmente para ser utilizado en el ámbito ambulatorio, ha sido adaptado por el
varios grupos de investigadores, para ser llevado a cabo en diferentes servicios hospitalarios.
Para resolver los PRM, el equipo médico y de enfermería junto con el farmacéutico van estableciendo
estrategias para disminuir la aparición de los PRM evitables y paliar la aparición de los inevitables
(especialmente en los tratamientos agresivos de patologías como las hematológicas o en pacientes
trasplantados).
Los procedimientos básicos del método Dáder permiten realizar seguimiento farmacoterapéutico a
pacientes de alta complejidad y puede aplicarse independientemente del lugar donde se encuentre el
farmacéutico ejerciendo su profesión. En definitiva, el farmacéutico resuelve PRM utilizando el
Método DADER en el ámbito hospitalario en sus múltiples situaciones.
38
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 4: Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade.
Moderador: Margarida Caramona
Facilitador: Carlos Sinogas
•
A responsabilidade de uma organização farmacêutica supranacional para implementar
Cuidados Farmacêuticos (Ema Paulino, Federação Internacional de Farmácia, Secção de
Farmácia Comunitária).
•
O apoio dos Colégios Oficiais de Farmacêuticos em Espanha para implementar Cuidados
Farmacêuticos (Cecílio Venegas, Colégio Oficial de Farmacéuticos de Badajoz, Espanha)
•
A investigação e o ensino em Cuidados Farmacêuticos em Portugal (Paula Iglésias, GICUFUniversidade Lusófona, Portugal)
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
39
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 4: Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade.
Carlos Sinogas
Curriculum resumido
QUALIFICAÇÕES ACADÉMICAS
1988
Doutoramento em Bioquímica, Faculdade de Farmácia de Lisboa
1982
"Mestrado" (Assistente de Investigação), Instituto Gulbenkian de Ciência, Oeiras
1976
Licenciatura em Farmácia, Faculdade de Farmácia de Lisboa
1974
Curso Profissional de Farmácia, Faculdade de Farmácia de Lisboa
ACTIVIDADES DE FORMAÇÃO PÓS-GRADUADA
20
Cursos Monográficos (frequência)
73
Reuniões científicas nacionais e internacionais (participação)
CATEGORIAS PROFISSIONAIS
1997- Professor Auxiliar, Universidade de Évora
1997-00
Consultor Cientifico, INFARMED
1976-97
Investigador Cientifico, Instituto Gulbenkian de Ciência
1976-76
Técnico de Laboratório, Hospital de Santa Maria
1975-77
Monitor, Faculdade de Farmácia de Lisboa
1974-89
Director Técnico de Farmácia Comunitária
ACTIVIDADES CIENTIFICO-PROFISSIONAIS
2003- Director do Curso de Mestrado em Acompanhamento Farmacoterapêutico (UE)
2003- Director do Curso de Mestrado em Análises Aerobiológicas (UE)
2003- Director do Curso de Pós-graduação em Análises Clínicas (UE)
1996- Membro da Comissão Técnica dos Medicamentos, INFARMED
1995- Perito de Biotecnologia, Agência Europeia do Medicamento
12
Reuniões científicas (organização)
21
Orientações de trabalho científico (licenciatura, pós-graduação e doutoramento)
REALIZAÇÕES PEDAGÓGICAS
6
Disciplinas regulares de licenciatura (concepção e realização)
4
Disciplinas regulares de pós-graduação / mestrado (concepção e realização)
29
Cursos monográficos – graduação e pós-graduação (concepção e realização)
14
Júris de provas académicas de avaliação (mestrado e trabalhos de fim de curso)
REALIZAÇÕES CIENTÍFICAS
25
Publicações científicas
38
Comunicações apresentadas a reuniões científicas e publicadas na forma de resumos
4
Capítulos em livros científicos
24
Publicações didácticas
39
Conferências e Seminários científicos
40
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 4: Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade
A responsabilidade de uma organização farmacêutica supranacional para
implementar Cuidados Farmacêuticos
Ema Paulino
Curriculum resumido
Tlm: +351 962751052 e-mail: [email protected]
HABILITAÇÕES LITERÁRIAS
2002-6 Frequência no III Mestrado em Farmácia Comunitária na Faculdade de Farmácia da
Universidade de Lisboa (Tese: Processo de mudança da prática em farmácia comunitária – estão os
médicos dispostos a jogar?)
2001 Licenciatura em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de
Lisboa
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
2002-4 Directora-Técnica e proprietária da Farmácia Nuno Álvares, Almada
INVESTIGAÇÃO
2003- Investigadora num estudo em colaboração internacional
redireccionamento da prática farmacêutica em farmácia comunitária
sobre
facilitadores
do
PUBLICAÇÕES
Paulino E, Bouvy ML, Gastelurrutia MA, Guerreiro M, Buurma H, for The ESCP-SIR Rejkjavik
Community Pharmacy Research Group. Drug related problems identified by European community
pharmacists on patients discharged from hospital. Pharm World Sci. 2004 Dec; 26(6):353-60
Costa F, Paulino E, Silva I. Pharmacy in Portugal, an overview on its functioning with focus on efforts
to increase patient safety. Int Pharm J. 2005 Dec; 19(2):45-48
SELECÇÃO DE APRESENTAÇÕES EM CONFERÊNCIAS
Paulino E, Costa F, Benrimoj SI. Are doctors willing to play a role in community pharmacy practice
change? 65o Congresso Anual da International Pharmaceutical Federation, Cairo, Egipto, Setembro
2005
Paulino E, Benrimoj SI, Costa F. Understanding Practice Change in Community Pharmacy Practice.
13a International Social Pharmacy Workshop, Malta, Julho 2004
Paulino EI, Bouvy ML, Buurma H, Dimtcheva O, Frederiksen MD, Gatstelurrutia MA, Gebben H,
Guerreiro M, Ranner A, Woeber E. Drug Related Problems Among Patients Discharged from Hospital.
30o Congresso Europeu de Farmácia Clínica, European Society of Clinical Pharmacy, Antuérpia,
Outubro 2001
REPRESENTAÇÃO PROFISSIONAL E ASSOCIATIVA
2006- Membro do Fórum Farmacêutico Europeu (EPF)
2005- Membro do Comité Executivo da Secção de Farmácia Comunitária da International
Pharmaceutical Federation (FIP CPS)
2004- Membro do Pharmaceutical Care Network Europe (PCNE)
2004- Membro da Delegação Portuguesa no Pharmaceutical Group of the European Union (PGEU)
2004- Membro da Delegação Portuguesa no EuroPharm Forum
2004- Membro da Direcção da Associação Nacional das Farmácias (ANF)
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
41
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 4: Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade
A responsabilidade de uma organização farmacêutica supranacional para
implementar Cuidados Farmacêuticos
Ema Paulino
Resumo da Comunicação
A Federação Internacional de Farmacêuticos (FIP) é a federação global de organizações nacionais de
farmacêuticos. Dedica-se a melhorar o acesso aos medicamentos, associando-o ao valor intrínseco
da sua utilização segura e efectiva, e a contribuir para avanços na ciência, na prática profissional e na
política de saúde mundial.
Um dos objectivos da FIP é proporcionar aos seus membros padrões de prática profissional que
possam ser adaptados à realidade nacional. Como tal, tem ao longo dos anos desenvolvido e
aprovado diversas guidelines profissionais nas várias áreas de actuação farmacêutica.
Um exemplo sobejamente conhecido são as normas para as Boas Práticas de Farmácia, adoptadas
pela FIP em 1993. Estas normas foram desenvolvidas como referência para as organizações
nacionais de farmacêuticos e governos no estabelecimento de standards de actuação a nível
nacional, e tiveram repercussão em diversos países. Em Portugal, desde 1995 que a Ordem dos
Farmacêuticos e a Associação Nacional das Farmácias têm vindo a desenvolver um conjunto de
actividades no âmbito da implementação das Boas Práticas de Farmácia, nomeadamente através da
dupla certificação em Qualidade.
Nas normas constantes das Boas Práticas de Farmácia já haviam sido incluídos os princípios que
norteiam o conceito de Cuidados Farmacêuticos. Em 1998, e reconhecendo a importância crescente
desta área, a FIP adoptou uma declaração específica com normas profissionais a adoptar.
Em 1994 foi criado o Pharmaceutical Care Network Europe (PCNE), com o objectivo de desenvolver
a prática farmacêutica de acordo com o princípio de Cuidados Farmacêuticos através do
desenvolvimento de projectos internacionais neste domínio. O PCNE serve também como plataforma
de comunicação para investigadores, e Portugal tem participado activamente nos vários projectos que
têm vindo a ser promovidos.
No entanto, as organizações supranacionais não são mais do que o que os seus membros as deixam
ser. Apraz-me constatar que Portugal tem sido um dos países pioneiros na adopção dos vários
conceitos. Mas o grande desafio coloca-se a nível do profissional individual que os implementa na
sua actividade diária. Juntos ainda temos um longo caminho a percorrer pela frente. Estou convicta
que o farmacêutico o saberá construir.
42
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 4: Como Transformar o sonho em Realidade
O apoio dos Colégios Oficiais de Farmacêuticos em Espanha para implementar
Cuidados Farmacêuticos
Cecilio J. Venegas Fito
Pte. Colegio Oficial de Farmacéuticos de Badajoz
Resumo da Comunicação
“Mi parroquia es una parroquia como las otras”
Georges Bernanos. (Diario de un cura rural)
Participar con una ponencia en esta Mesa sobre Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho
en realidade, supone para el Colegio de Farmacéuticos de Badajoz un doble reto que no es la
primera vez que se realiza. De una parte un ejercicio retrospectivo de análisis que expondremos a
continuación. Y de otra la posibilidad de expresar en un foro como éste de carácter internacional el
compromiso de continuidad de promoción de mejora profesional de un Colegio, que puede
entenderse si atendemos en exclusiva al dato de número de colegiados, como centrado en la media,
cuya característica distintiva puede expresarse en términos de entusiasmo.
Los actuales Reglamentos vigentes para el Colegio encomiendan prácticamente en todos los fines
que contempla el Art. 4, aspectos que pueden entenderse relacionados con el fomento de la buena
praxis profesional. “Enseñando fomenta” quedaron establecidas las Reales Sociedades Económicas
de Amigos del País en un tiempo en el que los españoles necesitaban encontrarse con su propia
esencia para avanzar. Quizás los farmacéuticos estemos en estos momentos en una etapa parecida
y casi con certeza la solución provenga también de nosotros mismos a través de nuestras
Instituciones.
La provincia de Badajoz tiene 664.000 habitantes, que suponen aproximadamente un 1,55% del total
de España, cifra que coincide también con la ratio de colegiados de la provincia a nivel nacional. Sin
embargo resultó gratificante comprobar que en el III Congreso Nacional de Atención Farmacéutica
celebrado en Granada en el año 2003, el 10% de los trabajos presentados a dicho Congreso
correspondían a grupos de trabajo del Colegio de Badajoz.
A este respecto y para los no expertos cabe hacer una matización adicional. Publicar en general en el
campo de la Atención Farmacéutica no supone solamente una revisión bibliográfica, tan frecuente en
otros ámbitos, sino que las publicaciones son frutos reales y directos de trabajo de campo que a su
vez son fuentes ya en sí para los participantes de constatación y de mejora, y que se ofrecen a otros
para entre todos lograr los fines pretendidos. Medir la actividad de mejora en unidades de publicación
parece pues correcto en este campo.
Cabe indicar aquí la relevancia de la autoría de unos activos grupos de colegiados coordinados por el
CIM del Colegio que han venido posibilitando la siguiente relación en la que se indican las
aportaciones hechas bajo el logo del Colegio a los Congresos, Jornadas y Simposium en estos
últimos años, y en la que no se incluye la producción de protocolos, monografías, etc. de régimen
interno.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
43
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
CONGRESO, JORNADA, SIMPOSIUM,..
AÑO
Nº
DE
AREA
DE
LAS
COMUNICAC.
COMUNICACIONES
PRESENTADAS
I JORNADA OTIME. MADRID
2001
1
1 SFT
3 SFT
II CONGRESO NACIONAL DE
FARMACEUTICA. BARCELONA
ATENCION
2002
5
1 AF
1 EUM
VI JORNADAS DE LA RED ESPAÑOLA DE
2002
ATENCIÓN PRIMARIA. CÁCERES
1
1 AF
7 SFT
XIII CONGRESO NACIONAL FARMACÉUTICO.
2002
GRANADA
10
1 ALIMENTACION
2 AF
3º SIMPODÁDER. ZARAGOZA
2003
1
2003
12
2004
1
SFT
2004
1
SFT
2004
2
2 SFT
XIV CONGRESO NACIONAL FARMACEÚTICO.
2004
ALICANTE
1
ALIMENTACION
REUNIÓN
DE
LA
ORGANIZACIÓN
DE
FARMACEUTICOS IBERO LATINOAMERICANOS. 2004
COIMBRA
1
SFT
5º SIMPODÁDER BADAJOZ
2005
9
6º SIMPODADER MURCIA
2006
5
5 SFT
2006
1
1 SFT
III CONGRESO NACIONAL DE
FARMACEUTICA. GRANADA
ATENCION
4º SIMPODÁDER. SEVILLA
1º CONGRESO SOCIEDAD ESPAÑOLA
FARMACIA COMUNITARIA. TARRAGONA
DE
64º CONGRESO FIP. NUEVA ORLEANS
I SIMPOSIO LUSOFONO
FARMACEUTICOS. LISBOA
DE
CUIDADOS
SFT
11 SFT
1 ALIMENTACION
7 SFT
2 AF
Las siglas SFT, hacen referencia a las comunicaciones relacionadas con el seguimiento
farmacoterapéutico, las siglas EUM a los estudios de utilización de medicamentos y las siglas AF, a
las relacionadas con la Atención Farmacéutica (excepto el seguimiento farmacoterapéutico).
En total, se han presentado 51 comunicaciones en 14 congresos, jornadas y simposium distintos, de
las cuales más del 80% han estado relacionadas directa o indirectamente con el seguimiento
farmacoterapéutico.
Además de las comunicaciones presentadas a Congresos, se han publicado un total de 6 artículos,
uno de los cuales, merece especial atención en este simposium sobre seguimiento
farmacoterapéutico, el “Modelo para presentación de casos adaptado a la metodología Dáder”. El
soporte documental propuesto en este trabajo surgió al preparar el 1º de los 5 Talleres de casos de
seguimiento farmacoterapéutico con metodología Dáder realizados en este Colegio, para dar una
idea de la evolución del estado de situación del paciente a lo largo del tiempo.
44
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Dado el ámbito de este simposium que hoy celebramos no podíamos pasar por alto una citación
específica al artículo “Evaluación de las respuestas de los Centros de Información de Medicamentos
de Portugal ante un caso clínico de Seguimiento Farmacoterapéutico” que precisamente nace a raíz
de la colaboración como docente en un curso sobre seguimiento farmacoterapéutico de la Dra.
Yolanda Aguas, Directora del Centro de Información de Medicamentos del Colegio Oficial de
Farmacéuticos de Badajoz, realizado en esta misma Universidad Lusófona.
Sería prolijo, y quizás fuente de publicación, el ejercicio de un análisis exhaustivo de los sesgos
temáticos, de participantes, o temporales de la serie completa de publicación que se enuncia en la
tabla adjunta, pero con seguridad pueden servir de índices de medida de la actividad de un Colegio
que con sus medios limitados entiende, como se apuntaba al principio, que forma parte de su
responsabilidad hacer realidad práctica lo que le encomiendan sus reglamentos.
Otro aspecto a destacar ha sido la colaboración con la Universidad de Granada, traducida en la firma
del Convenio de Colaboración con el Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica de la misma y
la realización en el Colegio de Badajoz del Diploma de Estudios Avanzados, impartido por profesores
de la Facultad de Farmacia de esta misma Universidad, durante los cursos 2002-2003 y 2003-2004.
Como consecuencia de esta colaboración, hay en esta provincia 16 farmacéuticos colegiados que
han obtenido el Diploma de Estudios Avanzados y de ellos 5 están realizando su tesis en esa
Universidad. Asimismo en el curso 2005-2006 tiene lugar el primer Curso de Experto en Seguimiento
Farmacoterapéutico realizado en Badajoz, a cargo de la misma Universidad, en el que participan 20
farmacéuticos.
Pero sin duda el mayor ejemplo que cabe citar en relación con el título de la mesa sobre Cómo
transformar o sonho en realidade, es la Tesis “Análisis de la efectividad de las acciones de un centro
de información de medicamentos en la implantación del seguimiento farmacoterapéutico en farmacias
comunitarias”, que aborda en profundidad la actividad desarrollada en el Colegio y por sus
colegiados, suponiendo una importante aportación al cuerpo doctrinal en torno al seguimiento
farmacoterapéutico. Dicha tesis fue defendida obteniendo Sobresaliente cum laude por unanimidad el
24 de junio de 2005 por su autora, la anteriormente citada Dra. Yolanda Aguas, que ha sido publicada
y enviada por el Colegio a todos sus colegiados, así como ampliamente distribuida al resto de
Colegios de Farmacéuticos de España y a otras entidades e instituciones.
Aún podrían citarse bastantes más ejemplos de lo que puede suponer un Colegio activo en lo relativo
a la mejora de la práxis profesional y desarrollo del conocimiento, pero quizás en el diferencial del
entusiasmo es donde pueda encontrarse el matiz. Desde aquí agradezco el número de horas
dedicadas a estos aspectos por el “núcleo especial” de colegiados pertenecientes a grupos de
trabajo, y, en particular y especialmente a la coordinación y dirección que ha venido ejerciendo el CIM
del Colegio, sin cuya dedicación y continuidad nada de lo anterior hubiera sido posible.
Finalmente este último titular de la presentación en power point “Farmacéuticos de cabecera” resume
todo el proceso de compromiso que supone la implicación del farmacéutico en la salud del paciente.
Será con seguridad el exponente de la respuesta que el trabajo del Colegio posibilita.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
45
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 4: Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade
A investigação e o ensino em Cuidados Farmacêuticos em Portugal
Paula Sofia Lima Antonino Iglésias Ferreira
Curriculum resumido
E-mail: [email protected]
Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa em
2000.
Mestre em Farmácia Assistencial pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Granada em 2004.
Desde 2005: Coordenadora e docente do Curso de Formação Pós-Graduada em Seguimento
Farmacoterapêutico: casos práticos (e-learning) da Universidade Lusófona.
Desde 2005: Coordenadora e docente do Curso de Formação Pós-Graduada em Cuidados
Farmacêuticos no Tabagismo da Universidade Lusófona.
De 2004 a 2005: Coordenadora do Programa Dáder de Seguimento Farmacoterapêutico em Portugal
em colaboração com o Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica da Universidad de
Granada.
Desde 2003: Docente do Curso de Formação Pós-Graduada em Cuidados Farmacêuticos –
Seguimento Farmacoterapêutico da Universidade Lusófona.
Desde 2003: Professora Auxiliar Convidada da Licenciatura em Ciências Farmacêuticas na
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia das disciplinas de Farmacoepidemiologia,
Saúde Pública e Seguimento Farmacoterapêutico.
Desde 2002: Membro do Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade
Lusófona.
De 2002 a 2004: Membro convidado do Conselho Nacional de Prevenção do Tabagismo.
Desde 2001: Assistente da Licenciatura em Ciências Farmacêuticas no Instituto Superior de Ciências
da Saúde Egas Moniz da disciplina de Saúde Pública.
De 1997 a 2001: Monitora do Sub-grupo da Sócio-Farmácia da Faculdade de Farmácia da
Universidade de Lisboa.
Publicações
Três artigos científicos publicados na área da Farmacoepidemiologia (Revista Portuguesa de Saúde
Pública 2001, Pharmacoepidemiology and Drug Safety 2002, Pharmacy World Science 2004)
Cinco artigos científicos publicados na área do Seguimento Farmacoterapêutico (Acta Médica
Portuguesa 2004, Revista Lusófona de Ciências e Tecnologias da Saúde 2004, Seguimiento
Farmacoterapéutico 2004, Seguimiento Farmacoterapéutico 2005, Revista Lusófona de Ciências e
Tecnologias da Saúde 2006).
46
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 4: Cuidados farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade
A investigação e o ensino em Cuidados Farmacêuticos em Portugal
Paula Sofia Lima Antonino Iglésias Ferreira
Resumo da Comunicação
Tendo como pano de fundo um Plano Nacional de Seguimento Farmacoterapêutico caracteriza-se o
Ensino pré e pós-graduado e a Investigação na área dos Cuidados Farmacêuticos em Portugal.
A apresentação está estruturada em quatro secções:
1. onde estamos?;
2. o que fizemos?;
3. onde queremos estar em 2010, 2015, 2020 e 20..?;
4. como acelerar esta transição?
Objectivos:
1. Fazer um ponto da situação em relação aos Cuidados Farmacêuticos em Portugal.
2. Referir o que as Academias fizeram no ensino pré e pós-graduado e em investigação nesta área.
3.
Promover
a
reflexão
sobre
o
futuro
dos
farmacêuticos/académicos/investigadores/alunos e decisores.
Cuidados
Farmacêuticos
nos
4. Identificar acções que acelerem a transição entre a situação actual e uma prática nacional do
seguimento farmacoterapêutico.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
47
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Comunicações em cartazes (posters)
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P01 Cuidados Farmacêuticos em doentes dislipidémicos numa farmácia
comunitária portuguesa
Pereira CA1, Cabrita J2
1
Farmacêutica comunitária; Mestranda em Farmácia Comunitária da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
2
Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
CORRESPONDÊNCIA
Nome: Cláudia Andrade Pereira
E-mail: [email protected]
Introdução: O tratamento das dislipidemias – um dos principais factores de risco cardiovascular –
baseia-se, principalmente, na modificação dos estilos de vida do doente tais como alimentação
saudável, aumento da actividade física, cessação tabágica e abandono de hábitos alcoólicos.
O seguimento de doentes dislipidémicos, feito por farmacêuticos, pode assegurar a utilização racional
da terapêutica farmacológica e o seu cumprimento, e evitar o possível aparecimento de problemas
relacionados com a terapêutica. O farmacêutico tem ainda um importante papel na comunidade ao
aconselhar sobre estilos de vida e alimentação saudáveis, que previnem o aumento dos níveis
séricos de colesterol total (CT) e/ou trigliceridos (TG).
Objectivo: Avaliar os resultados de um programa de cuidados farmacêuticos (CF) em doentes
dislipidémicos.
Métodos: Estudo de intervenção, 50 doentes, numa farmácia comunitária de Lisboa, durante 6
meses. Principais critérios de inclusão: idade ≥ 35 anos; apresentação de prescrição com medicação
antidislipidémica. Idade média = 65 anos; 68% mulheres. Programa de CF, realizado por um
farmacêutico, incluindo modificações dos estilos de vida e monitorização da medicação
antidislipidémica, de modo a prevenir, detectar e resolver problemas relacionados com a terapêutica.
Entrevistas, de 2 em 2 meses, com medições de CT, TG, PA e glicemia.
Resultados: A média de CT diminuiu de 224.04 ± 36 mg/dl para 189.34 ± 25.767 mg/dl (p <0.05); a
média de TG também diminuiu de 164.92 ± 98.609 mg/dl para 125.84 ± 36.793 mg/dl (p <0.05). Ainda
foram observadas diferenças estatisticamente significativas em outros parâmetros biológicos:
glicemia, PAS e IMC. Os doentes aumentaram as suas preocupações alimentares (p = 0.002) e a
prática de exercício físico (p = 0.008), melhoraram a aderência à terapêutica e o seu conhecimento
sobre a patologia e sobre as MNF (n.º médio aumentou de 1.42 para 1.88). O n.º médio de factores
de risco cardiovascular/doente diminuiu de 4.30 para 3.78, com melhoria significativa a nível dos
níveis de CT, da obesidade e do sedentarismo.
Conclusões: A acessibilidade da farmácia comunitária e a utilização de programas de CF, em áreas
como a dislipidemia, permitem que os farmacêuticos, ao colaborar com doentes e outros profissionais
de saúde, possam auxiliar os doentes a reduzir o seu risco de doença cardíaca.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P02
Cuidados Farmacêuticos no Doente Idoso com função renal diminuída
SOARES MA, MARTINS SO, MORAIS SA, RODRIGUES B, CABRITA J
Introdução: O envelhecimento está associado a alterações que condicionam a resposta aos
fármacos, nomeadamente a diminuição da função renal. Esta alteração fisiológica tem implicações
farmacocinéticas / farmacodinâmicas a ter em conta aquando da prescrição de certos fármacos.
Assim, os Cuidados Farmacêuticos constituem uma estratégia fundamental para o uso mais seguro e
eficaz do medicamento nos idosos.
Métodos: Estudo realizado numa amostra de 61 utentes do Centro de Apoio Social das Forças
Armadas-Oeiras
(21
em
ambulatório
/
40
internados).
Critérios de inclusão: idade >/= 65 anos, tomar >/= 1 medicamento referido no anexo 4 da 5ª Edição
do
Prontuário
Terapêutico
(fármacos
e
insuficiência
renal).
Critérios de exclusão: defeitos cognitivos (avaliado pelo Mini Mental State Examination de Folstein).
Os dados foram recolhidos de Outubro 2005 a Janeiro 2006 por entrevista e consulta da ficha clinica.
O grau de insuficiência renal (IR) foi determinado pelo valor da clearance da creatinina (ClCr),
calculado pela fórmula de Cockcroft-Gault. O 2º Consenso de Granada foi utilizado para classificar os
Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM's).
Resultados: A média de idades dos doentes foi de 81,9 anos (65-97) e 79% eram mulheres. Cerca
de 59% dos idosos apresentavam IR moderada (ClCr>/=30-59 ml/min) e 14.7 % IR grave (ClCr<30
ml/min).
Os 61 idosos consumiam diariamente 468 medicamentos diferentes (média: 7,7; intervalo 1-18).
Destes, 78 eram referidos no anexo 4 como inadequados (40 por dose excessiva), denunciando uma
prevalência de inapropriação medicamentosa de 40% (em 27 dos 61 idosos estudados). Estes casos
foram
significativamente
mais
frequentes
nos
doentes
internados
(p<0,001).
Em 90,2% dos idosos (55/61) foram detectados PRM's, num total de 191 (3,1 PRM/idoso): 34,5%
eram PRM's 1, 22% PRM's 6 e 20,9% PRM's 4.
Em 46 dos 55 doentes com PRM's (83,6%), o Farmacêutico reportou ao médico, com sugestão de
alteração da dose/medicamento.
Conclusão: A prevalência de IR, o número de medicamentos por idoso e a frequência de medicação
inadequada foram elevadas, particularmente nos doentes internados. Estes dados evidenciam o facto
da intervenção do farmacêutico no âmbito dos Cuidados Farmacêuticos poder ser crucial no sentido
de minorar o risco de PRM's nos idosos.
50
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P03 Desenvolvimento e Avaliação de um Programa Educativo relativo à asma
dedicado a farmacêuticos de uma rede de farmácias de Minas Gerais
Josélia Cintya Quintão Pena Frade1,2 ; Fernando Fernandez Llimos3 & Virgínia T. Schall1
1
Laboratório de Educação em Saúde - Centro de Pesquisas René Rachou/Fiocruz - Belo Horizonte – MG
2
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz
3
Grupo de Investigação em Atenção Farmacêutica – Universidade de Granada/Espanha
[email protected]
Introdução: A falta de conhecimentos e habilidades dos profissionais de saúde, pacientes e
familiares sobre asma e terapia inalatória tem sido apontada como um dos importantes fatores que
interferem no controle dessa doença. A Educação em Saúde (ES) é uma alternativa recomendada e
com resultados positivos no caso da asma. Porém, em nosso país, são escassos trabalhos desta
natureza e não existe nenhuma iniciativa de programa de formação dedicado aos farmacêuticos
relativo ao manejo desta doença. Portanto, na perspectiva da ES, foi desenvolvido um programa
educativo relativo à asma (PEA) para esses profissionais.
Objectivo geral: Desenvolver e avaliar um PEA dedicado a um grupo de farmacêuticos funcionários
de uma rede de farmácias, em Belo Horizonte, Brasil.
Metodologia: A intervenção educativa (PEA), foi idealizada seguindo as etapas propostas por
BEDWORTH: diagnóstico, planejamento, implantação e avaliação (estrutura, processo e resultados).
As estratégias adotadas compreenderam: um programa de formação e a construção compartilhada
de materiais educativos. Para descrever a implantação e os efeitos do PEA, realizou-se um estudo de
caso, de caráter exploratório. Os dados foram coletados por meio de: questionários, entrevistas e
grupo focal, no início e final da pesquisa. A análise qualitativa dos dados foi orientada por BARDIN.
Resultados: Participaram do estudo 25 farmacêuticos, sendo a maioria mulheres, com idade superior
a 30 anos, a mediana do tempo de formados era de nove anos. Observou-se que 88% do grupo
estudado assumia função gerencial da farmácia além das atividades técnicas e a principal fonte de
informação utilizada no caso da asma era a bula de medicamentos. O baixo nível de conhecimentos e
habilidades prévias foi associado à falta de formação relativa a doença em questão e ao fato dos
produtos apresentarem lacre. Observou-se ao final da pesquisa grande satisfação dos atores
envolvidos com o processo vivenciado, revelada na avaliação de estrutura, processo e resultados do
programa. Dentre os materiais educativos construídos, os mais valorizados foram o livro de técnicas
de uso dos dispositivos inalatórios e um “kit” de placebos para simulação junto aos usuários. A
análise dos resultados propriamente dita demonstrou um aumento de conhecimento sobre asma e
desenvolvimento de habilidades no manuseio de dispositivos inalatórios. Relatos evidenciaram uma
tendência a novas atitudes e maior percepção dos profissionais sobre o seu papel no controle da
asma.
Considerações finais: a participação dos farmacêuticos em um PEA os possibilitou em um curto
período de tempo, um maior empoderamento para o manejo da asma à medida que contribuiu para
diminuir os Gap’s (lacunas) entre o saber e o fazer.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
51
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P04 Caracterização dos medicamentos antidiabéticos usados por doentes de
um estudo multicêntrico de Cuidados Farmacêuticos
Diogo Pilger1, Paula Iglésias2, Henrique Santos3, Maria José Fáus Dáder4
1 - Mestre em Epidemiologia. Aluno de Doutoramento da Universidad de Granada – Espanha
2 – Mestre em Farmácia Assistencial. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona - Portugal
3 – Mestre em Farmácia Assistencial. Farmacêutico Comunitário. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da
Universidade Lusófona – Portugal.
4 – Doutora em Farmácia. Directora del Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica. Universidad de Granada - Espanha.
Introdução: Doentes diabéticos, em geral, são doentes polimedicados com esquemas terapêuticos
para tratar outras doenças crónicas.
Objectivo: Descrever o padrão de utilização dos medicamentosos usados por um grupo de doentes
diabéticos participantes de um estudo multicêntrico.
Método: Estudo descritivo transversal. Os doentes são diabéticos participantes de um estudo
multicêntrico que avalia a acção de um Programa de Cuidados Farmacêuticos nos seus resultados
clínicos durante um ano de acompanhamento. O número total de doentes deste estudo é 160,
distribuídos em 10 farmácias de Portugal. O processo de aleatorização foi central. Os doentes para
participar deste estudo deveriam estar em tratamento para diabetes mellitus, ter idade superior a 18
anos e o valor da hemoglobina glicosilada (HbA1c) superior a 6,5%. Os medicamentos tomados
pelos doentes foram obtidos numa entrevista clínica realizada no início do estudo utilizando um
formulário padrão do Método Dáder de Seguimento Farmacoterapêutico. A caracterização é uma
análise descritiva simples dos medicamentos realizada em programa informático (SPSS v12.0).
Resultados preliminares: A análise das características da população demonstrou que: 60% (17/28)
são mulheres, 82% (23/28) tem mais de 60 anos, 78% (22/28) tem diagnóstico de diabéticos há mais
de 5 anos e 46% (13/28) deles são obesos (IMC> 30kg/m2). O perfil terapêutico revelou uma média
de 6,7 medicamentos por doente (DP 1,7), 18% (5/28) destes administram insulina e 60% (17/28)
usam metformina (biguanida), além disso 36% (10/28) fazem monoterapia para tratamento da
diabetes mellitus. Setenta e oito porcento (22/28) fazem tratamento para hipertensão e 50% (14/28)
realizam tratamento para hipercolesterolemia.
Conclusão: Os doentes diabéticos são doentes polimedicados e frequentemente em tratamento para
outras doenças crónicas como hipertensão e hipercolesterolemia. Pode-se concluir que o primeiro
passo para melhorar os resultados da utilização da farmacoterapia (efectividade e segurança) deve
ser conhecer em profundidade o padrão de utilização dos medicamentos.
52
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P05 Rastreio de Diabetes mellitus tipo 2 em 10 Farmácias de Portugal
Diogo Pilger1, Paula Iglésias2, Henrique Santos3
1 - Mestre em Epidemiologia. Investigador Associado do Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade
Lusófona - Portugal.
2 – Mestre em Farmácia Assistencial. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona Portugal.
3 – Mestre em Farmácia Assistencial. Farmacêutico Comunitário. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da
Universidade Lusófona – Portugal.
Introdução: A diabetes mellitus tem uma grande implicação na saúde pública, tanto pela morbidade,
mortalidade como pelos custos com as complicações. A detecção precoce e o tratamento imediato
podem reduzir a gravidade da diabetes assim como as suas futuras complicações. A
responsabilidade do farmacêutico perante doentes com factores de risco passa pela detecção
precoce da diabetes mellitus tipo 2, através da realização de testes de rastreio nas farmácias, assim
como, contribuir para que o doente se dirija ao médico, caso seja suspeito de diabetes mellitus.
Objectivo: O objectivo deste trabalho foi acelerar o diagnóstico precoce da diabetes mellitus tipo 2
através da identificação de suspeitos em 10 farmácias comunitárias em Portugal.
Método: Desenvolveu-se uma folha de registro e uma metodologia de avaliação. Utentes com mais
de 45 anos e mais algum factor de risco eram convidados ao rastreio. Os factores de risco
considerados foram: IMC > 25 kg/m2, hipertensão arterial (> 140/90 mmHg) ou problemas do
coração, história familiar de diabetes, mulher com história de diabetes na gravidez ou filhos com peso
superior a 4 kg à nascença. Além dos factores de risco foram avaliados a presença de sinais e
sintomas e medida a glicemia do utente. A equipe da farmácia recebeu treinamento para realizar o
rastreio. O processo foi dividido em 2 etapas: a identificação do utente como suspeito e
encaminhamento para o diagnóstico médico.
Resultados parciais: O rastreio foi realizado em 10 farmácias comunitárias de Portugal, sendo que
foram rastreados 353 doentes em 4 semanas de campanha, sendo destes 56 (16%) identificados
como suspeitos e encaminhados ao médico. Até a data de encerramento desta avaliação, 32 destes
consultaram o médico e 11 (34%) confirmaram a suspeita, com instituição de terapêutica
medicamentosa. A taxa de eficácia do rastreio foi de 3%.
Conclusão: O processo de rastreio de diabetes mellitus tipo 2 em farmácia comunitária contribui para
acelerar o diagnóstico precoce desta patologia a um custo controlado. Este tipo de rastreio permite
introduzir os doentes recém-diagnosticados em seguimento farmacoterapêutico.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
53
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P06 Caracterização dos suspeitos de diabetes mellitus tipo 2 Identificados
nas Farmácias de Estágio dos Alunos da Licenciatura em Ciências
Farmacêuticas da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Paula Iglésias1, Diogo Pilger2, Henrique J. Santos3, Vera Quaresma4
1 - Mestre em Farmácia Assistencial. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona (GICUFULHT)-Portugal.
2 - Mestre em Epidemiologia. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona (GICUF-ULHT)Portugal.
3 - Mestre em Farmácia Assistencial. Farmacêutico comunitário. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da
Universidade Lusófona (GICUF-ULHT)-Portugal.
4 - Aluna colaboradora do Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona (GICUF-ULHT)Portugal.
Introdução: A prevalência mundial de diabetes mellitus é de 5.1% (194 milhões). Estima-se que no
ano 2025 seja de 6.3% (333 milhões). A diabetes tipo 2 geralmente é assintomática na fase inicial.
Aproximadamente um terço de toda a população com diabetes não está diagnosticada. A
responsabilidade do farmacêutico perante o diabético passa pela detecção precoce da diabetes
mellitus tipo 2, através da realização de testes de rastreio da diabetes nas farmácias, em utentes que
apresentem um ou mais factores de risco, assim como, contribuir para que o doente se dirija ao
médico, caso seja suspeito de diabetes mellitus.
Objectivos: Acelerar o diagnóstico precoce de diabetes mellitus tipo 2 através da identificação de
suspeitos nas farmácias comunitárias. Caracterizar sócio-demograficamente os suspeitos.
Método: Rastreio de diabetes mellitus. Realizado em farmácias com um ou mais estagiários da
Universidade Lusófona durante o mês de Dezembro de 2005. Todas as pessoas com 45 ou mais
anos que entraram nas farmácias aderentes e que apresentavam, pelo menos, um factor de risco
para a diabetes mellitus tipo 2 foram convidadas para fazer um teste de glicemia gratuito e a
responder a um questionário de caracterização breve. Os estagiários receberam formação específica.
A introdução dos dados e o tratamento estatístico foram efectuados recorrendo ao programa
informático SPSS versão 12.0.
Resultados: Das 29 farmácias com estagiário em Dezembro, 21 aceitaram participar: taxa de
participação de 72,4%. Foram realizados 396 testes em 362 utentes. Identificou-se 12,2% (44/362)
utentes suspeitos de diabetes mellitus, destes apenas 21 foram ao médico e a proporção de
diabéticos confirmados (com diagnóstico médico) foi de 23,8% (5/21).
Dos 362 utentes: 59,9% são mulheres; 31.4% têm entre 55-64 anos; 75,0% sofrem de obesidade
grau 1. A maioria (40.8 %) apresenta 4 ou mais factores de risco.
Dos 44 suspeitos: 52,4% são homens; 34,1% têm entre 65-74 anos; 85,9% sofrem de obesidade. A
maioria (56,8%) apresenta 4 ou mais factores de risco.
Conclusão: O rastreio de diabetes mellitus tipo 2 no setting farmácia comunitária contribui para
acelerar o diagnóstico precoce desta patologia a um custo controlado. Este tipo de rastreio permite
introduzir os doentes recém-diagnosticados em seguimento farmacoterapêutico.
54
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P07
Rastreio de tabagismo em farmácia comunitária: ensaio piloto
Paula Iglésias1, Henrique J. Santos1, Marina Pinto Leal2, Carla Fonseca2, Sofia Guimas3, Catarina
Maia Passos3, Vanina Gertrudes4, Ana Cruz5, Ana Rosa5
1-Mestre em Farmácia Assistencial. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos-Universidade Lusófona. Portugal.
2-Farmacêutico comunitário. Farmácia Comunitária. Portugal.
3-Aluna do 6º ano de Ciências Farmacêuticas da Universidade Lusófona. Estagiária em Farmácia Comunitária. Portugal.
4- Aluna do 6º ano de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Coimbra. Estagiária em Farmácia Comunitária. Portugal.
5-Aluna colaboradora do Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona (GICUF-ULHT)Portugal.
Introdução: O tabagismo é a principal causa evitável de morte e de doença no mundo. Em Portugal
há cerca de 2 milhões de fumadores. A luta contra o tabagismo assenta em 3 pilares: prevenção,
tratamento e controlo. Para o farmacêutico comunitário intervir adequadamente tem de conhecer as
características dos seus utentes fumadores, deste modo o primeiro passo para definir um plano de
tratamento é caracterizar os seus utentes.
Objectivos: Caracterizar os fumadores sócio-demograficamente. Caracterizar os hábitos tabágicos, o
grau de dependência do tabaco, o grau de motivação e o horizonte temporal em que pretendem
deixar de fumar. Caracterizar os conhecimentos dos fumadores sobre os métodos para deixar de
fumar, e os profissionais de saúde que os podem ajudar. Informar os fumadores sobre os métodos
para deixar de fumar e os profissionais de saúde que o podem ajudar. Em ambiente de farmácia
comunitária testar o formulário da Campanha de Rua: Por Si, Pomos a Mão no Fogo! Identificar
oportunidades de melhoria na intervenção do farmacêutico para a redução da taxa de prevalência de
fumadores em Portugal.
Método: Estudo descritivo transversal. Três farmácias comunitárias seleccionadas por conveniência
realizaram um rastreio de tabagismo no dia 17 de Novembro de 2005 – Dia Nacional do Não
Fumador. Utilizou-se o formulário concebido para a Campanha de Rua: Por Si, Pomos a Mão no
Fogo!. Os farmacêuticos perguntaram a todos os utentes que entraram na farmácia se fumavam ou
não. Aos fumadores foi feita uma breve entrevista de caracterização. Análise estatística descritiva dos
dados.
Resultados: Dos fumadores entrevistados 52,2% são homens; 44,7% vivem com crianças; 14,9%
começaram a fumar aos 15 anos e 23,4% aos 18 anos; 87,5% fumam todos os dias; grau de
dependência baixo: 68,1%, médio: 23,4%, elevado: 8,5%; grau de motivação para deixar de fumar
fraca: 66,7%, média: 31,1%, forte: 2,2%; 59,5% manifestou vontade de deixar de fumar e destes
16,7% no próprio dia, 4,2% na próxima semana, 29,2% no próximo mês e 50% no próximo ano.
Conclusão: O ensaio piloto do rastreio de tabagismo permitiu identificar as características dos
fumadores e conduziu a uma caracterização das funções do farmacêutico na cessação tabágica.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
55
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P08 Gestão dos medicamentos em dois lares de idosos: Aquisição,
Armazenamento, Distribuição e Administração
Lourenço L.1 , Iglésias P.2
1-Aluna do 4º ano da Licenciatura Bi-etápica em Farmácia da Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches. Portugal.
2-Orientadora do projecto de investigação. Mestre em Farmácia Assistencial. Grupo de Investigação em Cuidados
Farmacêuticos da Universidade Lusófona (GICUF-ULHT).
Introdução: Em Portugal, segundo dados de 2004, existem 1517 lares legais, com capacidade para
58556 idosos. Os utentes dos lares apresentam várias patologias, são polimedicados e muitos não
são autónomos na gestão da medicação.
Os medicamentos exigem uma gestão apropriada do seu circuito nos lares: aquisição,
armazenamento, distribuição e administração aos doentes. A intervenção do farmacêutico e do
técnico de farmácia pode ser fundamental neste processo.
Objectivos: 1.Caracterizar os lares; 2. Caracterizar os utentes; 3. Caracterizar o sistema de gestão
de medicamentos, que envolve a aquisição, condições de armazenamento e conservação, sistema de
distribuição, processo de administração e gestão dos medicamentos do “stock de urgência”.
Método: Estudo descritivo, transversal, realizado em dois lares de idosos, seleccionados por
conveniência. A recolha de informação foi efectuada através de uma entrevista estruturada ao
responsável pela gestão dos medicamentos de cada lar, em Abril de 2006. A base de dados será
efectuada recorrendo ao programa SPSS versão 13.0. Estatística descritiva.
Resultados: Lar A: privado, 15 utentes; Lar B: privado com subsídios estatais, 60 utentes internos.
Ambos possuem médico e enfermeiro em tempo parcial. Prescrições efectuadas pelo médico do lar,
por doente. Aquisição dos medicamentos no lar A efectuada pela enfermeira responsável pelo
sistema, no lar B por um funcionário do lar. Medicação armazenada na Área de saúde. Em ambos, a
preparação da terapêutica é efectuada para cada doente. Lar A: preparação diária; Lar B, semanal. A
medicação é administrada por outro funcionário, no horário das refeições.
Conclusão: O técnico de farmácia pode desenvolver funções de gestão dos medicamentos nos
lares, podendo assumir responsabilidades na aquisição, armazenamento, distribuição e na
administração dos medicamentos nos lares de idosos, instalando melhorias no sistema de gestão de
medicamentos adequado a cada tipo de instituição sob a orientação de um farmacêutico. O
farmacêutico pode e deve dirigir a sua intervenção para a avaliação dos resultados da utilização da
farmacoterapia nestes doentes, assumindo assim funções clínicas diferenciadas. Por redução de
erros e de problemas relacionados com os medicamentos (PRM), essas funções contribuem
tentativamente para uma melhor utilização dos medicamentos nestas instituições.
56
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P09 Seguimento Farmacoterapêutico na Adicção Tabágica em Farmácia
Comunitária
Sofia A. Monteiro Rodrigues
Farmácia Reis Oliveira, Rua Cidade Nampula, lote 534, Olivais Sul, 1800-105 Lisboa, Portugal
[email protected]
Introdução: O tabagismo é actualmente considerado e referido como sendo a principal causa
evitável de doença e morte nas sociedades mais avançadas. O consumo de tabaco é causa relevante
de morbilidade e mortalidade, estando na base de várias neoplasias, doenças cardio-respiratórias e
vasculares, e de complicações durante a gestação. Trata-se de uma doença crónica, considerados os
seus contornos de dependência semelhantes às dos opiáceos e cocaína, o que explica a grande
dificuldade de abandono referido pela maioria dos consumidores.
A farmácia comunitária constitui um local privilegiado para a abordagem clínica destes doentes,
através do seguimento farmacoterapêutico, e da prevenção da adicção tabágica através da educação
para a saúde. O presente estudo pretende avaliar os resultados do seguimento farmacoterapêutico.
Métodos: Foram incluídos 4 pacientes, 3 homens e 1 mulher (27-70 anos de idade). Foi seguida toda
a metodologia de Seguimento Farmacoterapêutico desenvolvida pelo GICUF-ULHT. (Consulta de
Indicação Farmacêutica; Folha de Avaliação do Tabagismo; Avaliação dos graus de Dependência e
Motivação; Folha de Monitorização). Nas terapêuticas de substituição instituídas para cada caso,
constaram apenas adesivos transdérmicos e pastilhas mastigáveis, das diferentes marcas e doses
existentes no mercado.
Resultados: Dois dos quatro pacientes seguidos, com 27 e 37 anos respectivamente, abandonaram
a terapêutica entre a segunda e terceira semanas de tratamento, por se sentirem capazes de, por si
só, não fumarem mais. Destes, um deixou de fumar há 19 semanas e o outro há 12 semanas.
Contudo, mantiveram visitas regulares à farmácia afim de proceder às monitorizações referentes ao
método (peso e TA). De salientar que os pacientes registaram um grau de motivação elevado, no
teste de Richmond, para um grau de dependência médio, no teste de Fagerström.
Os outros dois pacientes, de idade mais avançada (61 e 70 anos), continuam com a terapêutica
instituída, com visitas semanais para monitorização dos parâmetros e ajustes de dose.
Discussão/Conclusão: O estudo parece confirmar que o Seguimento Farmacoterapêutico, como
descrito, facilita o sucesso da terapêutica na cessação tabágica.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
57
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P10 Avaliação da farmacoterapia num doente com Quisto Hidático: Caso
Clínico de Seguimento Farmacoterapêutico - Método Dáder
Grilo, Mª1; Duarte Mª João; Freitas, Ana M.; Catarino, Mª Helena; Marques, Joana; Paixão, Patrícia
M.; Pereira, Mª Teresa
1 – Aluna estagiária no Hospital CUF Descobertas do curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade Lusófona
Humanidades e Tecnologias.
Autor para correspondência:
Maria Grilo Silva
Departamento de Ciências da Saúde
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Campo Grande, 376
1749-024 Lisboa
e-mail: [email protected]
Introdução: O seguimento farmacoterapêutico é uma prática profissional em que o farmacêutico se
responsabiliza, em colaboração com o doente e com os outros profissionais de saúde, pelos
resultados dos medicamentos que o doente toma, através da detecção, resolução e prevenção de
Problemas Relacionados com os Medicamentos (PRM). Este trabalho surge como resultado do
projecto de implementação de Seguimento Farmacoterapêutico no Hospital CUF Descobertas.
Objectivo: Avaliar a farmacoterapia de um doente em seguimento farmacoterapêutico com Quisto
Hidático recorrendo à classificação do Segundo Consenso de Granada sobre Problemas
Relacionados com Medicamentos (PRM) e à sistemática de identificação preconizada pelo Método
Dáder.
Método: O Método Dáder de SFT foi utlizado na avaliaçao da farmacoterapia. este método é
baseado na história farmacoterapeutica do doente, ou seja, nos medicamentos utilizados pelo doente,
nos problemas de saúde apresentados e na avaliação do estado de situação relativo a uma
determinada data, com o objectivo de identificar, prevenir e resolver os possiveis PRM.
Resultados: Foi detectado um PRM 3 e 5 (PRM apoiado) resultado de uma inefectividade não
quantitativa e de uma insegurança não quantitativa devido à elevação da Proteína C Reactiva (PCR)
e ao risco de hipoalbuminémia causado pela Ceftriaxona. Esta elevação do PCR conduziu a um
PRM 1 devido a uma não utilização da farmacoterapia necessária. Também foi detectado um PRM 4,
resultado de uma inefectividade quantitativa do Albendazol. Em consequência da intervenção
farmacêutica efectuada no último PRM referido, o médico alterou a posologia resolvendo-se o
problema de saúde.
Conclusão: O método Dáder de seguimento farmacoterapêutico é uma ferramenta de avaliação da
farmacoterapia que têm como objectivo a obtenção de um maior benefício (efectividade e segurança)
da terapêutica. O seguimento deve ser prestado de forma contínua, sistemática e documentada, em
colaboração com o próprio doente e com todos os profissionais de saúde, com o objectivo de
alcançar resultados concretos que garantam uma melhor qualidade de vida do doente. Perante os
resultados, francamente positivos, obtidos neste caso clinico, não só reforçamos a necessidade da
implementação do Seguimento Farmacoterapeutico no Hospital Cuf Descobertas mas também
aconselhamos a adesão a esta prática ao nível de todos os hospitais do país, cujo o objectivo seja a
qualidade de vida e bem estar do doente.
58
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P11 Inefectividade Quantitativa dos Antagonistas dos
Adrenérgicos β1 numa doente idosa: Caso Clínico de
Farmacoterapêutico - Método Dáder
Receptores
Seguimento
Manuel Fitas 1
1 – Licenciado em Ciências Farmacêuticas. Farmacêutico Comunitário na Farmácia Reis Oliveira.
Autor para correspondência:
Manuel Fitas
Estrada da Rocha nº41 1ºD
2795-167 Linda-a-Velha
e-mail: [email protected]
Introdução: Nos últimos anos tem-se assistido a uma mudança de mentalidades, sobretudo dentro
da classe farmacêutica, que se traduz na assunção de “novas”responsabilidades centradas na
monitorização farmacoterapêutica e informação sobre medicamentos como forma de assegurar o
bem-estar dos doentes e evitar os problemas relacionados com medicamentos (PRM)]. O
Seguimento Farmacoterapêutico (SFT) é um processo através do qual o farmacêutico coopera com o
paciente e outros profissionais de saúde mediante a elaboração, execução e monitorização de um
plano terapêutico que produzirá resultados específicos para o doente.
Objectivo: Avaliar a farmacoterapia de uma doente idosa em seguimento farmacoterapêutico
recorrendo à classificação do Segundo Consenso de Granada sobre problemas relacionados com
medicamentos.
Materiais e Métodos: A uma doente que apresentava queixas de tremores e tonturas, bem como um
batimento cardíaco muito rápido e irregular foi realizado Seguimento Farmacoterapêutico através do
Método Dáder. Este método divide-se em três fases fundamentais: a) obtenção da história
farmacoterapêutica do doente; b) avaliação do estado de situação do doente; c) intervenção
farmacêutica com o intuito de prevenir ou resolver os PRM identificados. No final é realizada a
avaliação dos resultados obtidos. Uma vez estudada a farmacoterapia é identificado uma suspeita de
um Problema Relacionado com um Medicamento (PRM 4) pela inefectividade quantitativa do
medicamento Atenolol.
Resultados e Conclusão: Em consequência da intervenção farmacêutica efectuada, o doente
cumpriu a medicação prescrita pelo médico e, consequentemente, a sintomatologia desapareceu.
Segundo a literatura consultada, a interrupção abrupta do Atenolol pode conduzir a um aumento
súbito do tónus adrenérgico e, consequentemente a um aumento da pressão arterial, exacerbação de
episódios anginosos, taquicardia ou morte súbita. O Seguimento Farmacoterapêutico demonstrou ser
um instrumento útil para o exercício da prática farmacêutica porque, através da resolução de PRM,
ajudou a melhorar a qualidade de vida da doente.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
59
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P12 Insegurança Não Quantitativa da Ezetimiba num doente caucasiano.
Caso Clínico de Seguimento Farmacoterapêutico – Método Dáder
Almeida Freire, R.1, Anes, A. M.1, Iglésias, P. 2, Santos, H.2.
1 – Unidade de Farmacovigilância de Lisboa e Vale do Tejo
2 – Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona
Introdução: O Seguimento Farmacoterapêutico, incluido nos Cuidados Farmacêuticos, permite a
detecção, prevenção e resolução de Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM) e deve ser
realizado de modo contínuo, sistemático e documentado. Os PRM são entendidos como resultados
clínicos negativos, derivados da farmacoterapia que, produzidos por diversas causas, conduzem à
não realização do objectivo terapêutico ou ao aparecimento de efeitos não desejados (II Consenso de
Granada, 2002).
A prestação deste serviço por parte dos farmacêuticos ajuda os doentes a obterem o máximo
benefício dos seus medicamentos e a melhorar a sua qualidade de vida.
Objectivos: Avaliar a farmacoterapia de um doente de forma a identificar, prevenir e resolver
possíveis PRM.
Método: Foi avaliada a farmacoterapia de um doente em Seguimento Farmacoterapêutico recorrendo
à classificação do II Consenso de Granada sobre PRM e à sistemática de identificação preconizada
pelo Método Dáder. Com a identificação de um PRM realizou-se a Intervenção Farmacêutica para
tentar resolvê-lo e posteriormente avaliaram-se os resultados obtidos.
Resultados: Foi detectado um PRM 5 por insegurança não quantitativa da ezetimiba num doente do
sexo masculino com 54 anos. A administração de ezetimiba 10 mg/dia em associação com 10 mg/dia
de rosuvastatina para tratamento de deslipidemia produziu problemas de saúde, nomeadamente,
dores musculares, falta de força nas pernas, dores nas mãos e joelhos, falta de líbido, obstipação,
tonturas e vertigens. Em consequência da intervenção farmacêutica efectuada (oral farmacêuticodoente-médico) o doente suspendeu a toma de ezetimiba e os problemas de saúde associados foram
resolvendo gradualmente durante 1-2 meses até recuperação total. O tratamento posterior para a
deslipidemia em monoterapia com 10 mg/dia de rosuvastatina demonstrou ser seguro, efectivo e
necessário, tendo o doente deixado de apresentar qualquer PRM.
Conclusão: A opção terapêutica de suspender a ezetimiba mostrou-se adequada. A Intervenção
Farmacêutica realizada permitiu resolver o problema de saúde apresentado pelo doente, contribuindo
para uma melhoria dos resultados da farmacoterapia e consequentemente da sua qualidade de vida.
60
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P13 Contributo para acelerar a “Fase de estudo” no processo de Seguimento
Farmacoterapêutico em Pediatria
Dinah Duarte
ULHT, INFARMED
Introdução: O acesso a fontes de informação isentas, credíveis e actuais são uma forma de
comprovar a relação causal e solucionar problemas relacionados com medicamentso (PRM), em
Seguimento Farmacoterapêutico (SF). Nesta “Fase de estudo” (FE) é fundamental a informação
acerca das indicações terapêuticas aprovadas e intervalos de doses (mínima eficaz e máxima
segura).
Os medicamentos de uso pediátrico constituem um desafio, devido à heterogeneidade dos escalões
etários considerados e impossibilidade de extrapolação de resultados clínicos entre adultos e
crianças. O tratamento farmacológico da dor em pediatria é um problema importante, pois está
demonstrado que a dor é comum em todas as crianças.
Objectivos: Análise retrospectiva da informação pediátrica em medicamentos aprovados em
Portugal, na área terapêutica da dor, como forma de contribuir para acelerar a FE no processo de SF
em pediatria.
Métodos: Inventário dos medicamentos aprovados em Portugal com indicação terapêutica na dor, de
acordo com as substâncias activas (SA) consideradas pelo grupo europeu de peritos em pediatria
(Paediatric Expert Group), através do Infomed (base dados INFARMED). Análise quantitativa das
variáveis, com recurso ao Excel. Análise critica dos Resumos Características Medicamento (RCM).
Resultados: Dos 230 medicamentos aprovados nas SA consideradas – Morfina, Fentanilo,
Diclofenac, Tramadol, Metamizol e Cetoprofeno - 85 (40%), possuíam RCM disponível. Destes, 8
(9,3%), eram omissos relativamente ao uso pediátrico. Não existe referência à pediatria nas
“Indicações Terapêuticas” aprovadas, para nenhum RCM avaliado. A posologia pediátrica é indicada
em 43 RCM (50,5%), dos quais 25 para crianças com idade superior a 12/14 anos.
Discussão/Conclusão: Dos resultados obtidos conclui-se que a informação pediátrica dos RCM
analisados é insuficiente. Para a mesma SA, existem diferenças em termos de indicação, limites de
idade e posologia pediátrica. Não existe informação posológica para idades inferiores a 12 anos, na
maioria dos RCM analisados.
Esta avaliação pretende ser uma análise pontual de um processo dinâmico, no entanto, a informação
recolhida permanecerá válida e eventualmente útil na FE do processo de SF, com a maximização da
efectividade do medicamento prescrito e minimização dos possíveis PRM.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
61
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P14 Caracterização dos hábitos tabágicos dos alunos da Escola Superior de
Saúde Ribeiro Sanches
Rita Gomes1, Paula Iglésias2
1 - Aluna do 4ºano da Licenciatura Bi-etápica em Farmácia, Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches. Portugal.
2 - Orientadora do projecto de investigação. Mestre em Farmácia Assistencial. Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade
Lusófona (GICUF-ULHT). Portugal.
Introdução: O tabagismo é a principal causa evitável de morbilidade e mortalidade a nível mundial.
No Inquérito Nacional de Saúde realizado em 1998-1999 em Portugal, 19% dos inquiridos referiu ser
fumador, enquanto que a prevalência de universitários fumadores, entre 1990–2000, era de 47,4%
nos homens e 42,5% nas mulheres. A população do ensino superior, em especial da área da saúde,
reveste-se de um grande interesse epidemiológico pois pode ser um importante indicador da
prevalência de fumadores adultos e profissionais de saúde num futuro próximo.
Objectivos: 1. Estimar a prevalência de fumadores na ERISA; 2. Identificar as diferenças no
consumo por sexo, idade, curso, ano lectivo, IMC; 3. Caracterizar a história tabágica; 4. Identificar os
factores que conduziram à sua iniciação; 5. Avaliar a exposição ao fumo na escola e em casa.
Método: Estudo descritivo transversal. A população em estudo corresponde ao universo dos
estudantes da ERISA (cerca de 500 alunos). Informação recolhida com questionários autoadministrados, confidenciais, anónimos e voluntários, durante o mês de Abril e Maio de 2006. A
introdução dos dados e o tratamento estatístico foram efectuados recorrendo ao programa informático
SPSS versão 13.0. Estatística descritiva.
Resultados prévios: A prevalência de fumadores foi de 68,75%. Dos indivíduos do sexo feminino
38,46% não são fumadores e os restantes fumadores. Em relação ao sexo masculino todos os
indivíduos referiram ser fumadores. Em relação aos indivíduos com IMC superior a 25.0 verificou-se
uma maior prevalência (100%) quando comparados com os indivíduos com o IMC inferior a 24.9
(61,5%). De todos os fumadores 72,72% já fumavam antes do ingresso no ensino superior.
Conclusão: Reconhecendo que o tabagismo é um problema de saúde pública com consequências
devastadoras e que alguns jovens fumadores continuam a fumar no ensino superior e que outros
iniciam o consumo de tabaco nesta etapa das suas vidas, torna-se importante conhecer em
profundidade a dimensão deste problema. Este estudo permite conhecer melhor o problema do
tabagismo nos estudantes do ensino superior e abrir caminho para futuras iniciativas que contribuam
para uma luta mais eficaz contra o tabagismo.
62
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
P15 Capacidade imunogénica relativa do carrier de vacinas polissacarídicas
antimeningocócicas (serogrupo C)
Sónia Silva; Carlos Sinogas
Universidade de Évora, Portugal
As meningites são doenças de etiologia viral ou bacteriana, potencialmente fatais e, por isso, temidas
em todas as faixas etárias. Têm elevadas probabilidades de deixar sequelas graves, principalmente
ao nível do foro neurológico. A prevenção destas infecções, nomeadamente as infecções bacterianas,
passa pela criação de uma vacina capaz de proteger contra todas as estirpes do agente infeccioso
mais comum entre as crianças: a Neisseria meningitidis. Estão apenas disponíveis no mercado
vacinas para os serogrupos A e C.
Notícias alarmantes sobre a doença em Portugal induziram uma elevada procura destas vacinas para
protecção das crianças contra a infecção provocada pela Neisseria meningitidis-C. Em sequência as
autoridades portuguesas introduziram estas vacinas no Plano Nacional de Vacinação (MenC),
segundo um esquema de administração inicial aos 3 meses seguido de dois reforços aos 5 e 15
meses. Em opinião pública, a autoridade de saúde não recomenda o uso de vacinas diferentes no
esquema de vacinação.
Os dois tipos de vacinas MenC disponíveis têm por base a mesma substância activa, o polissacárido
extraído da bactéria conjugado com diferentes proteínas transportadoras (toxóide tetânico e diftérico)
para indução de resposta imunitária mais intensa e duradoira. Ao contrário da recomendação citada,
é concebível que qualquer das vacinas possa ser reforçada com a utilização da outra, dado que o que
se pretende é uma resposta secundária ao componente polissacarídico.
Pretendendo avaliar a possível intercambialidade entre os dois tipos de vacina MenC, procedeu-se à
imunização inicial de lotes de cabras com ambas as vacinas e posterior reforço (4 semanas depois)
de cada um dos grupos com a mesma e a outra vacina. Recolheram-se amostras semanais de soro
de todos os animais, durante 10 semanas, para análise por ELISA para avaliação dos títulos antiMenC como potenciais indicadores da evolução da imunização dos animais.
Os resultados obtidos até ao momento não indiciam a ocorrência de respostas imunes secundárias
diferentes nos vários grupos de animais. De acordo com estes resultados, os níveis de imunização
induzidos pela segunda administração dos imunogénios não se relacionam seja com o tipo de vacina
utilizada na imunização primária, seja com o tipo de vacina administrada nos reforços.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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Patrocinadores e outros apoios
Patrocinadores:
Outros apoios:
Secretariado e Informações
Os pedidos de informação devem ser dirigidos a ALIES – GICUF Secretariado
A/c de Dra. Paula Almeida
Departamento de Ciências da Saúde, ULHT Campo Grande 376,
1749-024 Lisboa
℡: (+351) 21 7515550
(+351) 21 7515598 e-mail: [email protected]
www.dcs.ulusofona.pt
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Conclusões do simpósio
Mesa 1 - Cuidados Farmacêuticos: ponto da situação
Texto elaborado pelo facilitador da mesa: Amílcar Roberto
1. A situação dos Cuidados Farmacêuticos em Espanha foi apresentada pela Professora Maria José
Faús. Referiu
que
os Cuidados
Farmacêuticos
nas
suas três componentes,
Dispensa,
Aconselhamento e Seguimento Farmacoterapêutico, são desde 2001 reconhecidos pelo Estado de
grande importância para o paciente no que ao uso seguro e eficaz do medicamento diz respeito pelo
que tem legislado sobre o assunto. Foi salientado o carácter inovador da vertente do Seguimento
Farmacoterapêutico e a sua especial importância para serem atingidos os objectivos dos Cuidados
Farmacêuticos. Actualmente decorre o Fórum de Atenção Farmacêutica em que participam
Autoridades Sanitárias, Grupos profissionais especializados e científicos que fazem a avaliação do
Programa Dáder como metodologia para a execução do Seguimento Farmacêutico. Este Programa
está a ser utilizado em diversos projectos de investigação.
2. O ponto da situação em Portugal foi depois feito pela Dra Helena Martinho que começou por
apresentar alguns dados estatísticos referentes ao número de Farmácias e de Farmacêuticos no
país. Referiu a implementação de Sistemas de Gestão de Qualidade baseados em normas
internacionais (ISO) nas Farmácias, sendo a parte específica da profissão farmacêutica feita através
das “Boas Práticas de Farmácia”. A partir de 2001 esta implementação passou a servir para o
desenvolvimento
e
expansão
da
filosofia
dos
Cuidados
Farmacêuticos
e
Seguimento
Farmacoterapêutico. No país são praticadas duas metodologias para a execução do Seguimento
Farmacoterapêutico, o Programa de Cuidados Farmacêuticos e o Programa Dáder.
3. A apresentação sobre Cuidados Farmacêuticos no espaço lusófono não foi realizada por falta do
apresentador, Dr João Silveira.
4. Salienta-se que os Cuidados Farmacêuticos em Portugal e Espanha são encarados de modo
diferente remetendo o Estado Português a responsabilidade para regulação do exercício da profissão
feita pela Ordem dos Farmacêuticos enquanto que em Espanha o estado assume a responsabilidade
directa através da produção de legislação dedicada. A colaboração entre os grupos profissionais
envolvidos continua a apresentar resistência por parte dos médicos, especialmente as cúpulas das
suas organizações corporativas. A promoção de reuniões alargadas tem procurado remover as
barreiras entre os grupos, que só ao paciente prejudicam.
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Mesa 2 - Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados primários
Texto elaborado pelo facilitador da mesa: Inês Brito
A apresentação incide na importância dos Cuidados Farmacêuticos na farmácia e estratégias de
implementação deste serviço sob o ponto de vista prático de funcionamento. Aspectos como a
organização, o espaço, as fontes para a fase de estudo, a gestão do tempo, o perfil pessoal de cada
farmacêutico, o marketing do serviço, a satisfação, as habilidades de comunicação, a formação foram
abordados do ponto de vista do que pode ajudar e dificultar a realização desta prática clínica
diferenciada.
Levantou-se a seguinte questão: a dispensa é uma barreira para implementar o SF? É necessário
realizar mais estudos para responder com evidência a esta pergunta.
Apresentou-se um estudo sobre a percepção de 15 farmacêuticos com formação pós-graduada em
SF que estão integrados em 10 farmácias que prestam este serviço. Destacou-se a importância de
desenhar estratégias diferentes para a implementação e para a manutenção deste serviço clínico
diferenciado de um modo sustentado. Geralmente, o SF é uma actividade de projecto e o desafio é
transformá-la numa actividade de rotina.
Foram apresentadas sucintamente as metodologias utilizadas pelo SIMED na resposta a pedidos de
informação clínica, em concreto dúvidas sobre casos de seguimento, e onde ficou demonstrado a sua
aplicabilidade na resolução de problemas relacionados com o medicamento em casos clínicos de
seguimento farmacoterapêutico. Ficou claro que este apoio é fundamental para ajudar os
farmacêuticos a resolver os seus casos clínicos.
Mesa 3 - Cuidados Farmacêuticos nos Cuidados primários
Texto elaborado pelo facilitador da mesa: Teresa Aires Pereira
As comunicações e os trabalhos apresentados pelos palestrantes desta mesa pretenderam
demonstrar a importância do papel do Seguimento Farmacoterapêutico como mais uma área dos
Cuidados Farmacêuticos a nível hospitalar.
Foi-nos mostrado o êxito de uma experiência de seguimento farmacoterapêutico num serviço de
Urgência e Cuidados Intensivos, que nos dá ideia da grande percentagem de doentes que ocorrem
aos serviços de urgência por PRMs, a sua gravidade e evitabilidade e também o importante reflexo
que os mesmos têm ao nível dos custos.
Foi também evidenciada a importância da reestruturação dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares
de forma a que os farmacêuticos passem a desenvolver a sua actividade em acções maioritariamente
de farmácia clínica e em programas de atenção farmacêutica ao doente internado e ao doente
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
ambulatório, delegando as restantes tarefas noutros profissionais de saúde treinados e competentes
e recorrendo o mais possível à informatização.
Pela apresentação da experiência de implementação do programa de seguimento farmacoterapêutico
em serviços de internamento hospitalar, evidenciou-se mais uma vez a importância do método de
Dáder como forma de sistematizar uma prática que, embora já existente, carecia de normalização e
registo para melhor se auto-regular, permitindo a efectiva documentação de uma das áreas mais
nobres da actividade do Farmacêutico Hospitalar.
O Farmacêutico contribui para que se alcance a máxima efectividade da terapêutica farmacológica
instituída, minimizando o risco que lhe está associado, assumindo portanto um papel importantíssimo
no êxito da terapêutica instituída e proporcionando ao doente uma melhor qualidade de vida.
No último trabalho apresentado faz – se já uma avaliação retrospectiva da implementação do
seguimento em cinco serviços de internamento e da sua evolução, permitindo-nos ficar com uma
ideia de como é que os tipos de PRMs podem evoluir ao longo do tempo de intervenção
farmacêutica, e conclui-se mais uma vez que o Método de Dader:
•
permite ao Farmacêutico resolver PRMs em meio hospitalar nas suas múltiplas situações
•
os seus procedimentos básicos permitem realizar seguimento farmacoterapêutico a doentes
de elevada complexidade
•
pode aplicar-se independentemente do local onde se encontre o farmacêutico a exercer a sua
profissão.
Mesa 4 - Cuidados Farmacêuticos: como transformar o sonho em realidade.
Texto elaborado pelo facilitador da mesa: Carlos Sinogas
Participaram neste painel como oradores o Dr. Cecílio Venegas, Colégio Oficial de Farmacêuticos de
Badajoz e a Dra. Paula Iglésias, GICUF, Universidade Lusófona.
O Dr. Cecílio começou por exibir publicamente a sua perplexidade e incompreensão pelas alterações
na regulação farmacêutica, anunciadas na véspera pelo Primeiro-ministro de Portugal, reportando o
sentido contrário do que sucedeu em Espanha a partir dos anos 30. Face à experiência Espanhola
considerou as alterações anunciadas como susceptíveis de prejudicar a Saúde Pública Portuguesa.
Reportou depois a forma como se implementaram e se continuam a desenvolver os Cuidados
Farmacêuticos na Província de Badajoz. O Colégio Oficial dos Farmacêuticos de Badajoz, que dirige,
apoia as Farmácias Comunitárias numa perspectiva de facilitador das suas actividades, promovendo
cursos de formação de peritos na área do seguimento farmacoterapêutico, reuniões clínicas regulares
e apoios bibliográficos. Estarão também em desenvolvimento apoios informáticas para o desempenho
destas actividades farmacêuticas, pela partilha de recursos informáticos. Os resultados da
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
intervenção do Colégio, como facilitador da implementação dos Cuidados Farmacêuticos, exprimemse pela elaboração de uma tese de doutoramento e diversas publicações, sendo particularmente
relevantes as intervenções dos Farmacêuticos da Província de Badajoz em diversos simpósios
nacionais, em que a percentagem de comunicações ultrapassa em muito a percentagem relativa dos
Farmacêuticos inscritos no Colégio.
A Dra. Paula Iglésias caracterizou sumariamente o ponto da situação dos cuidados farmacêuticos em
Portugal, na vertente do que chamou de seguimento farmacoterapêutico, dando particular realce à
formação dos Farmacêuticos pelas Universidades com ensino Farmacêutico e perspectivando as
actividades de investigação em curso e a desenvolver nesta área.
Apesar de não ter podido contar com respostas completas de todas as instituições de ensino
farmacêutico no País, elencou as actividades de formação conexas com os Cuidados Farmacêuticos
tanto ao nível da graduação como das formações pós-graduadas.
Salienta-se a perspectiva de quase todas as instituições pretenderem desenvolver formações mais
especializadas nesta área científica e a vontade manifesta do desenvolvimento de parcerias para a
constituição de uma rede de investigação em Cuidados Farmacêuticos no país. Propôs, neste
contexto, o desenvolvimento de um Plano Nacional de Seguimento Farmacoterapêutico, também
numa perspectiva de propiciar um melhor nível de Saúde à população pelo uso mais adequado dos
medicamentos.
No seguimento das conferências apresentadas vários participantes intervieram com contributos sobre
as formas de desenvolvimento dos Cuidados Farmacêuticos nas Farmácias Portuguesas.
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Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
Lista de participantes
AIDA MARIA ALMEIDA BETO
AIDA PINTO
AMILCAR ROBERTO
ANA CRISTINA DA SILVA ANTUNES
ANA CRISTINA RAMA
ANA FILIPA GOMES PEDRO SIMÃO
ANA FILIPA MACHADO
ANA LUISA CABAÇO
ANA LUIS VIANA
ANA MAFALDA AZEVEDO NICOLAU
ANA MARGARIDA FERNANDES PITA
ANA MARGARIDA PALMEIRO BRITO
ANA MARGARIDA PINTO SILVA
ANA MARIA PIRES LOURENÇO
ANA PALHINHA
ANA PAULA GOMES
ANA PAULA MARTINS
ANA PAULA MONTEIRO PIPA
ANA SOFIA GUIMAS
ANA SOFIA SANTOS VALONGO
ANA TERESA MENDES CATARINO
ANDREIA FERNANDA MATOSO ROSA
ANGELA PATRICIA CUNHA
ANTONIO EDUARDO VARANDA
AUREA ROSA PEREIRA LIMA
BARBARA JOANA OLIVEIRA LOURENÇO
BERTA LASHERAS
BONNIE HENDRIKS
CARLA CRISTINA PAIVA DA CRUZ
CARLA FILIPE
CARLA FONSECA
CARLA SOFIA PEDROSA MARQUES
CARLOS MEIRELES
CARLOS SINOGAS
CASSYANO CORRER
Seguimento Farmacoterapêutico: do Sonho à Realidade
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
CATARINA COSTA
CATARINA INÁCIO
CATARINA MARQUES DE MATOS
CECILIO VENEGAS
CIDALIA ALMEIDA DA SILVA
DANIEL JOSE BATISTA AZEVEDO
DANIELA DOMINGOS
DINAH CONCEIÇÃO VERDUGO DUARTE
DIOGO PILGER
DORA CHACUPANGA MANAIE
DORA SILVA
INES ALEXANDRA ROSA FERNANDES
INES ISABEL LOPES NUNES CUNHA
ISABEL MAURÍCIO
ISABEL VITORIA
EDUARDO VITOR GONÇALVES FERREIRA
ELSA DINORA ALMEIDA
EMA PAULINO
EVA CONCEIÇÃO OLIVEIRA GONÇALVES
FATIMA FALCÃO
FERNANDO FERNANDÉZ-MARTÍNEZ
FERNANDO TEIXEIRA DUARTE
FILIPA MARECOS DO MONTE
FILIPE FONSECA
GONÇALO PEREIRA AVOUCA
HELENA CATARINO
HELENA MARIA MARTINHO CLAUDIO
HELENA SOLLA ALVES COSTA
HENRIQUE SANTOS
HUGO MIGUEL NUNES CARTAXO
INES BRITO
INES FOUTO
ISABEL BAENA
ISABEL MARIA SILVA MONTEIRO
ISABEL MARIA SILVA DUARTE
ISAURA ALMEIDA MARTINHO
JOÃO CARLOS LOPES CARVALHO
JOÃO LUIS SOUSA DIAS
JOÃO SILVEIRA
JOANA GIL PIRES
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
JOANA ISABEL LOPES PINTO
JOANA MARTA ALMEIDA FERNANDES
JOANA MARQUES
JOANA RIBEIRO
JOANA RODRIGUES MELO CABRAL
JOANA TAVARES PEIXOTO FARIA
JOANA SACRAMENTO LOPES
JORGE MANUEL ROCHA AUGUSTO
JOSÉ CABRITA
JOSE ARANDA DA SILVA
JOSÉ LUIS ALVES
LAURA SOFIA MARTINS VIEIRA
LAURA TUNEU
LEONOR CORREIA RITA LOURENÇO
LICIA TEIXEIRA GOMES
LUCIA MARIA CORREIA RODRIGUES
LUCIANA MARIA CATELA PATRICIO
LUIS MONTEIRO RODRIGUES
MANUEL MACHUCA
MANUEL PICOITO FITAS
MANUELA ANÇÃ CASTRO
MANUELA PLASENCIA CANO
MARCIA ALMEIDA
MARGARIDA FREITAS
MARIA ALINE FONSECA
MARIA ALVES GRILO DA SILVA
MARIA ANDREIA PEREIRA LOUÇÃO
MARIA ANTONIA MANGUES
MARIA CONCEIÇÃO MESTRE
MARIA FATIMA OLIVEIRA BRITO SÁ
MARIA GABRIELA MOURA PLÁCIDO
MARIA HELENA FERNANDES CAMOLINO
MARIA HELENA LOPES LAMEIRO
MARIA INES ANTUNES BARATA
MARIA ISABEL FARIA PAIS
MARIA ISABEL ALMEIDA FELISBERTO
MARIA JESUS TAVARES DOMINGUES
MARIA JOÃO DUARTE
MARIA JOÃO POOLE DA COSTA
MARIA JOSÉ FAUS
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
MARIA JOSE PAIVA MARTINS
MARIA JOSÉ MILHEIRO
MARIA MARGARIDA COSTA COUTINHO
MARIA MARGARIDA QUADROS SERIGAD
MARIA ODETE BULE MOSCA
MARIA ODETE ROSA ALVES SILVA
MARIA ROSARIO VALENTE RIBEIRO
MARIANA MARTINS DOS SANTOS
MARINA PINTO LEAL
MARISA ALEXANDRA LOPES INÁCIO
MARGARIDA CARMONA
MARGARIDA CRISTINA FERREIRA LIMA
MARTA BATISTA ROSA REPOLHO
MARTA BELA FAUSTINO
MARTHA MILENA CASTRO
MAURO CASTRO
MIGUEL ANGEL GARALDA
NADINE RIBEIRO
NUNO ARRAIGAS
PATRICIA PAIXÃO
PATRICIA TELES DE NORONHA
PAULA CRISTINA SOUSA PERDIGÃO
PAULA FRESCO
PAULA IGLÉSIAS
PAULO ROQUE LINO
PEDRO AMORES DA SILVA
PEDRO COUTO
PEDRO MIGUEL BORRATA
REGINA JESUS REIS CARDOSO
RITA ISABEL BARROS GOMES
RITA SUSANA ALVIM VARELA
RUI LUCAS
SANDRA ISABEL MANSINHO NUNES
SANDRA MARGARIDA NUNES SANTOS
SARA CONCEIÇÃO BENTO ROSADO
SARA CRISTINA SEQUEIRA MONTEIRO
SARA FILIPA ORNELAS VALENTE RAMOS
SARA NOGUEIRA
SILVIA PAULA GABRIEL BENTES
SOFIA AFONSO
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I Simpósio Lusófono de Cuidados Farmacêuticos/ I Encontro Luso-Espanhol de Cuidados Farmacêuticos
SOFIA CRISTINA MONTEIRO RODRIGUES
SOFIA LOPES MOUSINHO DOS SANTOS
SONIA MARISA TEIXEIRA SILVA
SUZETE COSTA
TANIA MARISA DUARTE
TATIANA BATISTA
TERESA AIRES PEREIRA
TIAGO MIGUEL VIEGAS SOUSA SANTOS
VASCO DE JESUS MARIA
VITOR HUGO LUCIO RAMOS
VICTOR SEABRA
VERA LUCIA QUARESMA
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